Fase difícil da Marcopolo vai continuar no 2º semestre, diz BTG
A Marcopolo (POMO4) divulgou ontem (4) os resultados referentes ao segundo trimestre de 2020. Apesar do lucro líquido decepcionante de R$ 1,3 milhão, a receita líquida de R$ 798,5 milhões e o Ebitda de R$ 40,9 milhões superaram as projeções dos analistas.
O BTG Pactual (BPAC11) chamou atenção para a melhora das margens operacionais, explicada por um mix de produtos superior, visto que os volumes de exportação foram sustentados pelo câmbio favorável e conseguiram compensar parcialmente o impacto da covid-19 sobre os segmentos de turismo, linhas rodoviárias interestaduais e
internacionais, transporte escolar e transporte público urbano do mercado doméstico.
Segundo semestre não será melhor
O BTG manteve a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo em 12 meses de R$ 3, por acreditar que os desafios da Marcopolo vão persistir ao longo do segundo semestre do ano. De acordo com o analista Lucas Marquiori, mais pedidos serão postergados para o fim de 2021, principalmente de ônibus urbanos e interurbanos.
“Esperamos que a indústria de ônibus divulgue uma retomada de volumes bem lenta”, acrescentou.
Pelo lado positivo, a nova tecnologia da Marcopolo, a BioSafe, garante o isolamento social e a circulação de ônibus com 75% de capacidade, o que pode minimizar os efeitos negativos das vendas.
A Ágora Investimentos também se manifestou sobre o balanço. Mesmo com um Ebitda maior do que o esperado, a companhia não saiu da recomendação de venda da corretora, que adotou o preço-alvo estimado para o fim de 2020 de R$ 2,40.