Farmax, da Vinci Partners, compra fabricante de cosméticos Negra Rosa
Com a meta de triplicar o tamanho da empresa até 2026 e alcançar a marca de R$ 1 bilhão de receita líquida – ante R$ 373 milhões faturados em 2022 – por meio de crescimento orgânico e fusões e aquisições, a Farmax anunciou a incorporação da Negra Rosa, marca de cosméticos dedicados a pessoas pretas.
O valor da aquisição não foi informado pela fabricante de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
A compra da marca não deve ser a única deste ano, segundo a Farmax, que está em processo de análise de outros negócios e pretende incorporar mais duas empresas ainda em 2023.
A companhia diz ainda que não descarta uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) – que poderia ser uma alternativa para acelerar sua agenda de crescimento.
A Farmax foi comprada pela Vinci Partners (fundo de investimentos listado na Nasdaq) em 2021 e tem outras 10 marcas que concentram mais de 450 produtos nas linhas cosmética e farmacêutica.
Por meio da Negra Rosa, a proposta da fabricante é justamente potencializar o desenvolvimento e a distribuição desses produtos, possibilitando o aumento de escala e um preço de venda mais acessível. “Um princípio que está diretamente ligado ao propósito do nosso trabalho é permitir o acesso a produtos de qualidade, que promovam cuidados especiais e com preços imbatíveis”, diz o CEO da empresa, Ronaldo Ribeiro.
A fundadora da marca de cosméticos, Rosangela Silva, diz que um dos principais marcos dessa nova fase será o lançamento de produtos. “Tudo aquilo que não era viável produzirmos, pelas dimensões que tínhamos, agora será possível desenvolver. Teremos investimento em tecnologia, distribuição, marketing e aposta em novos ativos”, afirma Silva, que continuará como curadora da marca, mantendo os funcionários.
Com produtos voltados a pessoas pretas, a Negra Rosa criou o que diz ser a primeira linha nacional de base de maquiagem totalmente voltada a peles pretas, além de fórmulas específicas para o cuidado dos cabelos crespos naturais.
Até o fim do ano passado, a venda dos produtos ocorria apenas pela internet, por revendedoras e alguns lojistas. Agora, além do rebranding, a previsão é de que os cosméticos sejam vendidos em lojas de todo o País.