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Famosa coleção de NFTs da Ethereum (ETH) “migra” para o Bitcoin (BTC)

08 fev 2023, 20:21 - atualizado em 08 fev 2023, 20:21
Coleção NFTs
Os Cryptopunks chegam na rede do Bitcoin através do Ordinals (Imagem: bitcoinpunks/reprodução)

A famosa coleção de NFTs em Ethereum, Cryptopunks, agora está na rede do Bitcoin (BTC). Embora não seja oficial, tampouco criado pela Yuga Labs – empresa por trás dos “Cryptopunks” e dos “Bored Apes” – a ideia já chamou a atenção de grandes colecionadores.

A coleção original dos Cryptopunks pertence ao mesmo ecossistema dos também famosos “macacos entediados”, e recentemente fecharam uma parceria de produtos com a Tiffany.co para criação de pingentes baseado nos NFTs – onde apenas detentores podem comprar.

Os “punks” na rede do Bitcoin são possíveis graças ao projeto “Ordinals” que permite que tokens não fungíveis (NFTs) sejam armazenados na blockchain do Bitcoin.

O processo ocorre ao inscrever metadados em unidades de satoshis – menor unidade de um bitcoin – de tal forma que são atrelados a eles identidades individuais.

Por isso, os satoshis tornam-se “não-fungíveis” e podem ser rastreados e transferidos como um NFT. Tudo isso é possível graças a duas atualizações na rede do Bitcoin, a Segwit em 2017 e o Taproot em 2021.

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“Cryptopunks” visitam o blockchain do Bitcoin (BTC)

Por meio do site da coleção é possível cunhar a coleção completa da coleção dos Cryptopunks, mas para isso é necessário rodar um nó completo validador da rede, ou “full node”, conforme explica o próprio site.

O projeto se define como “a primeira coleção de 10 mil NFTs em Bitcoin”.

As artes estão pré-registradas no blockchain, mas não foram atreladas a nenhum satoshi na rede. Esse processo cabe a qualquer um que tenha interesse em “mintar”, ou cunhar, um CryptoPunk no Bitcoin.

Um pesquisador de NFTs famoso na internet, que se autointitula de Leonidas.og, descreve o processo como “um novo modelo interessante para inscrever uma coleção em ordinais que reduz o custo inicial do criador”.

“A pessoa que criou este site não inscreveu nada. Eles apenas carregaram a arte exata que qualquer pessoa pode pegar e inscrever. O site verifica o blockchain em busca da primeira inscrição que corresponda a esse arquivo e, em seguida, esse punk aparece como “cunhado” no site”, explica.

Atualmente 1.112 de 10.000 já foram cunhados, inclusive pelos próprios detentores dos Cryptopunks oficiais na rede Ethereum.