Famílias mais ricas do mundo investem mais em private equity diante de mercados voláteis, diz UBS
As famílias mais ricas do mundo investiram mais em private equity do que em ativos tradicionais, como renda fixa e ações em 2021, enquanto buscavam aumentar retornos dos investimentos, mostra um relatório anual do banco suíço UBS.
O mercado de private equity registrou retornos estelares no ano passado, com trilhões de dólares em estímulos relacionados à pandemia.
O movimento provocou um aumento recorde nos negócios, com o valor geral das transações em 2021 dobrando em relação a anos anteriores, de acordo com estimativas do setor.
Em contrapartida, a renda fixa enfrentou um ano difícil, já que as taxas de juros próximas de zero reduziram sua atratividade como um porto seguro durante a turbulência do mercado, enquanto valores altíssimos de ativos em mercados de ações voláteis afastaram os investidores.
Os investimentos em private equity pelas famílias mais ricas do mundo aumentaram consistentemente entre 2019 e 2021, de acordo com pesquisa do UBS que envolveu 221 family offices que administram 493 bilhões de dólares em ativos.
As alocações diretas como percentual de seus investimentos totais aumentaram para 13% em 2021, de 10% no ano anterior, enquanto as alocações indiretas subiram de 7% para 8%.
Enquanto isso, os investimentos em renda fixa caíram dois pontos percentuais em 2021, para 11% em relação ao ano anterior, e os investimentos em ações ficaram estáveis ,em torno de 24%.
Até os investimentos imobiliários, um tradicional favorito, caíram de 13% para 12% no ano passado.
O braço de gestão de patrimônio do UBS administra mais de 3 trilhões de dólares em ativos e afirmou que atende mais da metade dos bilionários do mundo.
O relatório é amplamente observado pela comunidade de investimentos, pois esclarece os hábitos de investimento desses investidores bilionários.
Cerca de 63% dos family offices pesquisados disseram não sentem mais que a renda fixa de alta qualidade ajudou a diversificar o risco geral do portfólio.
A maioria também preferiu confiar em estratégias de gerentes ativos, em vez de seguir o caminho passivo.
Cerca de 81% dos family offices pesquisados investiram quase 3% em criptomoedas, principalmente para aprender sobre a tecnologia e gerar melhores retornos de investimento.
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