Falta um candidato reformista para o mercado seguir em alta, diz Capital Economics

Após a euforia no mercado com a condenação de Lula, a valorização nos ativos brasileiros dificilmente vai se sustentar sem um candidato reformista com chances reais na eleição presidencial, segundo avaliação da Capital Economics.

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“O ponto mais importante é que um candidato centrista plausível para desafiar tanto Lula quanto Jair Bolsonaro ainda não emergiu. Isso pode mudar conforme a clareza do panorama político após o julgamento de Lula”, avalia Neil Shearing, economista da consultoria.

A decisão do TRF-4 de ratificar em votação unânime a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diminuiu a probabilidade de o petista se candidatar e, consequentemente, elevou a aposta de vitória de alguém com perfil pró-mercado no pleito de outubro.

Para Shearing, embora o resultado complique a situação de Lula, ainda não encerra de vez a incerteza. “No limite, diríamos que ainda existe uma chance de 30% que ele acabe na cédula.”

Na quarta-feira (24), o Ibovespa fechou em patamar inédito, com alta de 3,72%, aos 83.680 pontos. O dólar à vista, por sua vez, recuou 1,93%, cotado a R$ 3,173.