Falta de chuvas e altas temperaturas desafiam o plantio no pó com prazos pressionados
O tempo seco e altas temperaturas estão aumentando a aposta contra os plantios de verão da safra 20/21. O milho tem muito atraso e a soja, principal cultura – e com só uma safra anual – tem os trabalhos sendo desafiados antes que comprometa não só a produtividade, quanto também o período de colheita descasado com a janela de plantio do milho de inverno.
Não há previsões de chuvas nos próximos dias, entre as quais da empresa MetSul. É o La Niña mostrando a cara.
Alguns mapas climáticos contam com precipitações a partir de outubro, no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, mas eles erraram neste final de semana, quando havia previsões de uma frente fria romper a massa de ar quente.
Plantar no pó é risco iminente, portanto, chuvas – se vierem – precisam ser boas, regulares, espacialmente bem distribuídas, porque o solo está sem umidade alguma que absorvesse quantidades menores de águas.
O cereal já era para estar com o plantio no Paraná praticamente encerrado, além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas não alcançaram a metade, segundo o analista Vlamir Brandalizze.
Já há perdas, o que deverá gerar replantio, ou a migração para a soja, que ainda tem um pouco mais de fôlego.
Porém, curto. Máximo, estourando, final de outubro, praticamente em todas as regiões.
No Mato Grosso, principal produtor, as temperaturas têm alcançado os 40 graus. No Paraná, em algumas regiões este final de semana os termômetro chegaram à mesma marca.
Cultura de ciclo curto, três meses, precisa ser colhida no máximo final de fevereiro, para não avançar no período de plantio do milho safrinha – esse, sim, de maior volume e importância – sem que prejudique sua produtividade.