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Falta de chips desacelera Volkswagen

28 out 2021, 14:50 - atualizado em 28 out 2021, 14:50
Volkswagen
Como resultado da escassez, a Volkswagen, que traçou um plano ambicioso para ser líder mundial em vendas de veículos elétricos (VE) (Imagem: Swen Pfoertner/Pool via REUTERS)

A Volkswagen reduziu sua previsão de entregas, diminuiu as expectativas de vendas e alertou sobre cortes de empregos, já que a escassez de semicondutores fez com que a maior montadora da Europa tivesse lucro operacional inferior ao esperado no terceiro trimestre.

Os números mostram a pressão que a Volkswagen está enfrentando enquanto tenta mudar mais de sua produção para veículos elétricos e enquanto a Tesla (TSLA) se prepara para mudar sua produção para perto de Berlim.

Como resultado da escassez, a Volkswagen, que traçou um plano ambicioso para ser líder mundial em vendas de veículos elétricos (VE), agora espera que as entregas em 2021 estejam apenas em linha com o ano anterior, após ter previsto aumento.

“Os resultados ressaltam a necessidade de mais melhorias de produtividade e reduções de custos fixos para seguirmos competitivos”, disse o presidente-executivo Herbert Diess.

A Volkswagen esperava antes um aumento significativo dos 223 bilhões de euros alcançados no ano passado, o que indicava um crescimento mais forte.

A Volkswagen agora estava assumindo um crescimento nas vendas de até 10% em vez de até 15% antes, disse o diretor financeiro Arno Antlitz.

Ameaça da Tesla

A Volkswagen, que pretende superar a Tesla como maior vendedor de elétricos do mundo até o meio da década, confirmou a meta de margem de lucro operacional de 6,0% a 7,5% para 2021.

Diess disse estar confiante de que a Volkswagen poderá acompanhar a Tesla, mas acrescentou que isso exigirá mais cortes de custos, incluindo reduções de pessoal na sede em Wolfsburg.

Tesla
(Imagem: Pixabay)

“Com certeza precisamos de alguma redução no quadro de funcionários, para sermos mais competitivos”, disse Diess.

O lucro operacional do terceiro trimestre ficou em 2,8 bilhões de euros, queda de 12% em relação ao ano anterior e menor do que a previsão de 2,99 bilhões da Refinitiv. A margem de lucro para o período caiu, de 5,4% no ano passado, para 4,9%.

A Porsche, divisão de luxo da Volkswagen, que avalia uma possível listagem em bolsa, disse separadamente que o quarto trimestre será um desafio em relação ao fornecimento de chips, de acordo com fontes.

Diess disse que não há planos para novas vendas de ativos, após a oferta inicial de ações da unidade de caminhões Traton e planos para trazer investidores para financiar seis fábricas de baterias até 2030.

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reuters@moneytimes.com.br
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