Falha no sistema: STF diz que bloqueio ao X, antigo Twitter, segue em vigor após usuários relatarem acesso à rede
Usuários da rede social X (antigo Twitter) no Brasil conseguiram acessar às suas contas na plataforma na manhã desta quarta-feira (18), mesmo diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a rede social no país após descumprimento de decisões judiciais.
Uma fonte do Supremo afirmou, entretanto, que o bloqueio da rede social se mantém em vigor e que o STF está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários.
“Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, afirmou.
Procurado, o X não respondeu de imediato a pedido de comentário da Reuters.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por ordenar às operadoras o cumprimento da determinação de suspender o X, disse em nota que não houve alteração da decisão. “A Anatel está verificando os casos informados.”
Acesso ao X
Conforme relatos, usuários estava conseguindo acesso ao X a partir de determinados celulares. Algumas pessoas também disseram que estavam recebendo notificações de contas que nem sequer seguem com conteúdos contrários ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar a suspensão da rede social.
A plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk foi bloqueada no Brasil no fim do mês passado por ordem de Moraes, em decisão referendada posteriormente pela Primeira Turma do STF.
Integrantes da extrema-direita e o próprio Musk consideraram a determinação um ataque à liberdade de expressão.
Na semana passada, Moraes também determinou a transferência de R$ 18,35 milhões que estavam em contas bloqueadas das empresas X e Starlink, também de Musk, aos cofres da União, para pagamento de multas por descumprimento de ordens judiciais.
Os valores haviam sido bloqueados por ordem de Moraes para o pagamento de multas que haviam sido impostas à plataforma X devido a sucessivos descumprimentos de ordens judiciais, como o bloqueio de contas e a retirada de páginas disseminadoras de fake news.
A rede social também ignorou determinação judicial para que indicasse um representante legal no país.