Ibovespa Falha no lançamento do token de governança da dYdX deixa usuários sem o ativo
Ontem (9), dYdX deu início à tão aguardada distribuição de seu token de governança — ativo digital que dá direitos de votação e decisão a seus detentores.
Em agosto, a plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) havia anunciado seu plano de lançar um token com um plano de governança.
Havia compartilhado planos para lançar um pool de segurança para staking, onde usuários que realizam o staking do token $DYDX recebem um rendimento com o mesmo token.
Pools de staking são grupos de usuários que unem seus ativos “aplicados e bloqueados” (em staking) para aumentar a chance de serem recompensados.
Porém, o lançamento não fluiu às mil maravilhas. A equipe da dYdX descobriu um erro na implementação do contrato do pool de segurança para staking logo após o lançamento.
Como consequência, o acesso ao pool foi bloqueado enquanto a equipe buscava uma correção de código aberto para o contrato.
Por conta do novo modelo de governança, a atualização que continha a correção terá de ser aprovada em uma votação de governança durante a primeira “epoch” (um período de 28 dias).
Em uma série de tuítes, a fim de explicar o imprevisto, a dYdX Foundation afirmou que fundos de usuários não estavam em risco e que tudo será recuperado nos próximos dias:
“O design do Pool de Segurança para Staking [“Safety Staking Pool”] incluía depósitos sendo bloqueados por uma epoch mínima (28 dias).
Considerando que uma proposta possa ser aprovada na próxima semana, não haverá impacto algum aos usuários e os stakers iniciais ainda poderão sacar seus fundos a tempo.
The design of the Safety Staking Pool included deposits being locked for a minimum of 1 epoch (28 days). Assuming an upgrade proposal can be passed within the next week, no user impact will have occurred, & the few early stakers will still be able to withdraw their funds on time.
— dYdX Foundation ? (@dydxfoundation) September 8, 2021
Essa votação pode incluir formas para compensar stakers pelas recompensas que deveriam ter recebido se o erro não tivesse acontecido, segundo a dYdX. A questão está sendo debatida em uma publicação no fórum da comunidade dYdX.
O modelo de governança alocou 7,5% dos tokens para recompensas retroativas e 25% para recompensas pela negociação de usuários. Aqueles que tivessem processado uma transação na plataforma nos últimos três anos estava qualificado para a “airdrop” (distribuição gratuita).
O preço do token $DYDX atingiu US$ 12 após o lançamento, segundo o site CoinGecko e, neste momento, está sendo negociado a US$ 14. Por esse motivo, alguns afirmaram ter garantido dezenas de milhares de dólares equivalentes ao token como consequência da airdrop.
Porém, nem todo mundo conseguiu coletar as recompensas, pois restrições geográficas impediram alguns usuários de receberem os tokens — principalmente usuários americanos.
De acordo com as leis de valores mobiliários dos EUA, tokens distribuídos gratuitamente são um tipo de valor mobiliário — pois dão a expectativa de obtenção de lucro por meio do esforço de outros, sendo, assim, uma espécie de contrato de investimento.
Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC), deixou bem claro que DeFi não terão passe livre sob a supervisão da comissão.
Em participação ao Aspen Security Counsel Forum em agosto, Gensler afirmou:
Não se enganem: não importa se é um token acionário [“stock token”], um token de valor estável [“stablecoin”] lastreado em valores mobiliários ou qualquer outro produto virtual que forneça exposição sintética a valores mobiliários.
Esses produtos estão sujeitos às leis de valores mobiliários e devem operar sob o nosso regime de valores mobiliários.
Alguns possíveis participantes foram ao Twitter para lamentar, de forma sarcástica, que reguladores americanos estavam “protegendo” usuários da dYdX de receberem milhares de dólares.
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