Internacional

Falha em negociações pode causar 3ª Guerra Mundial, diz Zelensky à CNN

20 mar 2022, 11:42 - atualizado em 20 mar 2022, 11:42
“Infelizmente, nossa dignidade não vai preservar as vidas”, disse Zelensky à CNN (CNN/Reprodução)

Em entrevista exclusiva concedida à CNN, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky afirmou que está pronto para negociar com Vladimir Putin.

No entanto, ele afirmou que se qualquer tentativa de negociação com Kremlin falhar, isso pode significar “uma terceira Guerra Mundial”.

O conflito entre os dois países em breve completará um mês. Desde então, não houve sinalização sobre a possibilidade de um cessar fogo, salvo em momentos pontuais para a criação de corredores humanitários, criados para a retirada dos civis do país.

Mais de 3 milhões de ucranianos já deixaram o território, segundo o Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

Durante a entrevista concedida ao jornalista Fareed Zakaria, Zelensky destacou ainda que qualquer chance de se acabar com a guerra, por menor que seja, deve ser aproveitada, visto que que inocentes estão morrendo todos os dias.

“As forças russas vieram para nos exterminar, para nos matar. E podemos demonstrar pela dignidade de nosso povo e de nosso exército que conseguimos lidar com um golpe poderoso, somos capazes de contra-atacar. Mas, infelizmente, nossa dignidade não vai preservar as vidas”.

“Portanto, acho que temos que usar qualquer formato, qualquer chance para termos a possibilidade de negociar, possibilidade de falar com Putin”, declarou.

Encontro de Putin e Zelensky

Os presidentes não se encontraram desde o início da guerra, apenas porta-vozes dos países, como os chanceleres de ambas as nações.

Nesta sexta-feira (19), o assessor presidencial russo Vladimir Medinsky, que chefia a delegação do país para tratar das negociações, descartou durante entrevista à agência russa Tass a possibilidade de um encontro de Putin com Zelensky sem que o tratado de paz seja aprovado antes.

“Antes mesmo de mencionarmos uma reunião dos líderes, as delegações de negociadores devem preparar e concordar com o texto de um tratado (…) Depois disso, o texto deve ser rubricado pelos chanceleres e aprovado pelos governos. Depois disso, pode-se discutir a possibilidade de uma cúpula”, declarou.

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