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“Falcões” do Fed sinalizam alta menor dos juros após julho

07 jul 2022, 18:59 - atualizado em 07 jul 2022, 18:59
Federal Reserve
Em evento separado em Little Rock, Arkansas, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também disse que um aumento de 75 pontos-base na próxima reunião do Fed em 26 e 27 de julho “faria muito sentido” (Imagem: REUTERS/Chris Wattie)

Dois dos falcões (mais conservadores na política monetária) mais vocais do Federal Reserve disseram nesta quinta-feira que apoiariam outro aumento de 75 pontos-base na taxa de juros no fim deste mês, mas um ritmo mais lento de alta posteriormente, com ambos minimizando o risco de custos de empréstimos mais altos levarem os Estados Unidos à recessão.

“Definitivamente apoio uma nova alta de 75 pontos-base em julho“, disse o diretor do Fed Christopher Waller em debate com a National Association for Business Economics.

“Provavelmente (alta de) 50 (pontos-base) em setembro”, acrescentou Waller, “e depois disso podemos debater se voltamos para 25 (pontos-base) ou se, caso a inflação simplesmente não pareça estar caindo, temos de fazer mais.”

Os comentários de Waller tiveram impacto imediato nas expectativas do mercado, com investidores reduzindo apostas em uma elevação de 75 pontos-base nos juros em setembro para 13%, de 23% antes das declarações, de acordo com uma ferramenta do CME Group, que mostrava probabilidade de 80% de aumento de juros em 50 pontos-base naquela reunião.

Operadores continuam esperando alta de 75 pontos-base na taxa de juros neste mês.

Em evento separado em Little Rock, Arkansas, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também disse que um aumento de 75 pontos-base na próxima reunião do Fed em 26 e 27 de julho “faria muito sentido”.

O aumento dos custos dos empréstimos, a inflação e as condições financeiras mais apertadas obscureceram as perspectivas econômicas, com dados recentes sobre gastos do consumidor e produção industrial mostrando sinais de desaceleração e provocando temores de recessão.

Waller não se comoveu, contudo, e citou dados de serviços e um mercado de trabalho forte, embora reconheça que há perigos.

“Pessoalmente, acho que alguns dos temores de uma recessão são exagerados”, disse ele. “Vamos baixar a inflação. Isso significa que vamos ser agressivos nos aumentos de juros e podemos ter de correr o risco de causar algum dano econômico, mas não acho, dado o quão forte o mercado de trabalho está agora, que será tudo isso”, disse ele.

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