Dólar

Falas de Haddad não agradam mercado e dólar tem vai e volta; veja cotação

30 out 2023, 16:36 - atualizado em 30 out 2023, 16:36
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Dolár oscilou quase R$ 0,10 entre a espera e as falas do ministro Fernando Haddad sobre cenário fiscal (Imagem: Pixabay/Nikolay Frolochkin)

O dólar à vista opera em alta na tarde desta segunda-feira (30), mas depois de vai e volta nas primeiras horas de negócios.

A moeda norte-americana, que chegou às mínimas de R$ 4,97 para venda, bateu os R$ 5,05 após a coletiva de imprensa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhada por lupa pelo mercado financeiro.

Por volta das 16h35 (de Brasília) o dólar subia 0,5% frente ao real, negociado perto de R$ 5,05. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,4%, aos 106,1 pontos.

Amanhã, no encerramento de outubro, a divisa estrangeira pode engatar o terceiro mês de alta.

Falas de Haddad geram movimento ioiô no dólar

Haddad falou pela primeira vez desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “dificilmente” o governo chegará à meta fiscal de zerar o déficit público em 2024.

Após reunir-se com Lula, o ministro da Fazenda destacou, em coletiva de imprensa, que o objetivo é garantir o equilíbrio das contas públicas.

Além disso, ele afirmou que dois fatores estão pressionando a equipe econômica: as subvenções do ICMS e a retirada da base Pis/Cofis do ICMS recolhido pelas empresas.

“Haddad estava nitidamente desconfortável, adotando tom mais ríspido em suas respostas aos jornalistas, algo que destoa do modo cortês do ministro”, comenta os economistas da Ativa Investimentos, Étore Sanchez e Guilherme Sousa.

Eles comentam que o tom do ministro, para além do resultado primário de 2024, amplia o ceticismo com relação ao progresso da agenda econômica do governo Lula, na qual o próprio executivo não tem convergência e não quer conceder mais nenhum centímetro de poder para cumpri-la.

‘Super quarta’ também influencia cotação da moeda

No entanto, o gerente da mesa de operações da StoneX, Marcio Riauba, chama a atenção para o movimento de aversão ao risco global que deverá imperar aqui e no exterior até quarta-feira, dia da chamada ‘Super quarta’.

1º de novembro será marcado pelas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “E o mercado ainda segue de olho no conflito no Oriente Médio“, acrescenta Riauba.

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