Facebook será acionado judicialmente para apagar publicações falsas sobre Marielle
O facebook será acionado na Justiça para deletar as publicações falsas a respeito da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 deste mês.
De acordo com a advogada Samara Castro, uma das profissionais que estão trabalhando para rastrear e coibir essas publicações, a ação deve ser protocolada nesta terça-feira (27).
Segundo a advogada, o Movimento Brasil Livre (MBL), que replicou uma mensagem que acusava Marielle de ter ligações com o tráfico de drogas, também será processado.
Dados colhidos pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura, da Universidade Federal do Espírito Santo, apontam que o endosso do MBL foi essencial para que a notícia falsa viralizasse. Samara Castro disse ainda que 19 mil publicações caluniosas já foram enviadas por pessoas de todo o Brasil.
O material também foi encaminhado para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro, que já está investigando as publicações e pode responsabilizar criminalmente os responsáveis.
Nesse sábado (24), o Facebook desativou a página ceticismo político e o perfil do seu administrador, responsável por criar a publicação compartilhada pelo MBL. E, na semana passada, a Justiça deu ganho de causa parcial em uma ação movida contra o Youtube, ordenando a retirada do ar de 16 vídeos que atacavam a honra de Marielle Franco.
Outro lado:
* Em nota, o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renato Battista, informou à nossa reportagem que não tem conhecimento da ação por possíveis ofensas à imagem de Marielle Franco. Segundo ele, o MBL apenas compartilhou notícias sobre a vereadora publicadas por veículos de comunicação.
Battista alertou que também moverá processo contra todos aqueles que fizerem falsas acusações ao movimento. E prometeu para os próximos dias divulgar a lista de alvos desses processos. Em sua página na internet, o Movimento Brasil Livre se define como uma organização não governamental de ativismo político.