Facebook reforça política contra ‘deepfakes’ antes de eleições nos EUA
O Facebook ofereceu mais detalhes sobre a iniciativa para erradicar vídeos manipulados, conhecidos como “deepfakes”, na tentativa de lidar com uma ameaça emergente antes das eleições nos Estados Unidos.
A operadora da maior rede social do mundo prometeu remover conteúdo que foi “editado ou sintetizado”, além dos ajustes de qualidade ou clareza, que possa enganar usuários. No entanto, o Facebook destacou que as novas regras não se aplicarão à paródia ou à sátira.
O Facebook disse que vídeos que não forem imediatamente removidos segundo os critérios internos da empresa ainda podem ser avaliados por mais de 50 organizações com as quais a rede é associada em todo mundo.
O Facebook acrescentou que vai colaborar com a agência de notícias Reuters para ajudar as redações a identificarem deepfakes por meio de cursos on-line gratuitos.
O Facebook enfrentou os problemas relacionados à mídia manipulada. No ano passado, um vídeo da presidente da Câmara de Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, que tinha sido editado para parecer que seu discurso era desconexo viralizou nas redes sociais.
Tecnicamente, o vídeo não era um “deepfake“, ou seja, completamente manipulado, mas mostrou ao Facebook os tipos de informações equivocadas que a rede enfrentará nas eleições de 2020. O Facebook afirmou que foi muito lento para reduzir o alcance do vídeo.
“Estamos fortalecendo nossa política em relação a vídeos manipulados enganosos que foram identificados como deepfakes”, escreveu a vice-presidente de gestão de política global, Monika Bickert, em um blog.
“Embora esses vídeos ainda sejam raros na Internet, representam um desafio significativo para nossa indústria e sociedade com seu maior uso.”
Outros gigantes da Internet nos EUA também monitoram mais de perto o conteúdo antes das eleições. O Google, controlado pela Alphabet, está restringindo informações equivocadas e banindo deepfakes em anúncios após críticas de que empresas de Internet veicularam anúncios do presidente dos EUA, Donald Trump, que eram intencionalmente enganosos.