Facebook defende postura de não intervir em propaganda política
O Facebook defendeu sua política de não verificar a propaganda nas eleições gerais do Reino Unido, dizendo que não era problema de uma empresa privada policiar discursos políticos.
O Facebook confirmou que havia permitido ao Partido Conservador do Reino Unido publicar um vídeo recentemente modificado de uma entrevista com um parlamentar trabalhista como propaganda – um vídeo amplamente criticado por ser enganoso.
“Partidos políticos e candidatos políticos não estão sujeitos às nossas regras de verificação de fatos”, disse Rebecca Stimson, diretora de políticas públicas do Facebook no Reino Unido, dizendo que era papel da mídia e do público debater essas questões. “O que o Partido Conservador colocou nesse anúncio foi objeto de discussão pública feroz”, disse em teleconferência com repórteres.
A gigante da tecnologia dos EUA tem mantido uma forte postura contra intervenções em propaganda política, ao contrário do Twitter, que recentemente baniu esse tipo de anúncio.
O Facebook está sob pressão por sua postura e funcionários da empresa disseram que a política mina a batalha contra a desinformação em eleições que dominou a plataforma na corrida presidencial dos EUA em 2016.
A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, disse que a empresa de rede social enfrentará “um grande teste” nas eleições dos EUA em 2020. Ela participou na quinta-feira da conferência “The Year Ahead”, promovida pela Bloomberg em Nova York.
Em uma tentativa de conseguir eleições limpas, o Facebook introduziu recursos para melhorar a transparência, como fornecer dados sobre o valor gasto pelos partidos políticos e quem está vendo seus anúncios. O Facebook também se concentrou em bloquear contas falsas que buscam promover campanhas políticas de maneira artificial.