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Fabricantes de vacinas tombam em Wall Street após nomeação de Trump para agência de saúde; ação da Moderna (MRNA) cai 7%

15 nov 2024, 18:05 - atualizado em 15 nov 2024, 18:09
Moderna
Ações das fabricantes de vacinas caem em bloco com a nomeação de Kennedy para a equipe de transição do governo Trump (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa)

As ações das fabricante de vacinas fecharam em queda pelo segundo pregão consecutivo em Wall Street nesta sexta-feira (15).

Os papéis da Moderna (MRNA) fecharam com queda de 7,34% em Nasdaq, a US$ 36,85 — no menor nível do ano. Pfizer (PFE) e BioNTech (BNTX) recuaram 4,69% e 3,71%, respectivamente.



Já a Novavax (NVAX), também listada em Nasdaq, fechou com avanço de 1,39%.

O movimento, iniciado na véspera, repercute a preocupação dos investidores com o setor — que ainda se recupera da queda nas taxas de vacinação contra a Covid-19 nos Estados Unidos — durante o governo Trump.

Na última quinta-feira (14), o presidente eleito Donald Trump, escolheu Robert F. Kennedy Jr.  para liderar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), a principal agência de saúde do país.

Kennedy é fundador da organização sem fins lucrativos Children’s Health Defense, a instituição antivacina mais bem financiada do país.

Ele tem sido criticado por fazer afirmações médicas falsas, incluindo a de que vacinas estão ligadas ao autismo.

Além disso, ele se opôs às restrições estaduais e federais impostas durante a pandemia da Covid-19 e foi acusado de espalhar desinformação sobre o vírus.

Neste ano, Kennedy concorreu à presidência como candidato independente nas eleições norte-americanas, mas desistiu da disputa em agosto e apoiou Trump desde então, em troca de um cargo no governo do republicano.

“Ele vai ajudar a tornar os Estados Unidos saudáveis novamente”, disse Trump em seu discurso de vitória em 6 de novembro. “Ele quer fazer algumas coisas, e vamos deixá-lo trabalhar”, afirmou o republicano.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos supervisiona a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla inglês), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os Institutos Nacionais de Saúde e os enormes programas Medicare e Medicaid, que fornecem cobertura de saúde para pobres, pessoas com 65 anos ou mais e deficientes.

Os dezenas de milhões de inscritos no Medicaid e no Medicare significam que o HHS teve um orçamento de 3,09 trilhões de dólares para o ano fiscal de 2024, o que representou 22,8% do orçamento federal dos EUA.

*Com informações de Reuters

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.