Fabricante de biodiesel Oleoplan pede registro para IPO
A Oleoplan, líder em vendas de biodiesel no país, pediu nesta quarta-feira autorização para realizar uma oferta inicial de ações (IPO), no que pode ser uma das maiores listagens de empresas brasileiras na bolsa em 2020.
A companhia ainda se apresenta como segunda maior do país em capacidade instalada de produção de biodiesel, com 936 milhões de litros por ano, e também atua na produção de farelo e óleo de soja.
A empresa afirmou no prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que usará os recursos da venda de ações novas para comprar uma fatia na Fasa, do setor de produção de gordura animal; e ampliar o capital de giro.
Além disso, a Oleoplan pretende construir duas indústrias de biodiesel, uma em Rondônia, outra no Pará; novos armazéns; e duas plantas de refino de glicerina.
A operação da companhia criada há cerca de 40 anos, com sede em Porto Alegre (RS) e controlada pela família de Irineu Boff, também servirá para um sócio -cujo nome não foi revelado – vender participação no negócio.
A Oleoplan teve receita líquida de 2,68 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2020, alta de 44,3% ante a mesma etapa do ano passado. Nos mesmos períodos de comparação, o lucro líquido cresceu 86%, para 229,15 milhões de reais, com a margem Ebitda subindo de 8,4% para 11,6%.
O IPO será coordenado por Itaú BBA, XP (XP), BTG Pactual (BPAC11), Bradesco BBI, UBS-BB, Citi e Banco ABC Brasil.