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Eztec pode subir 71%, apesar dos resultados mornos do 3° trimestre, diz Itaú BBA

29 nov 2021, 11:44 - atualizado em 29 nov 2021, 11:44
Construção Civil
O Itaú BBA vê preço-alvo de R$ 32,8 para o próximo ano, valorização de 71,5% ante o atual valor de referência de R$ 19,13 (Imagem: José Paulo Lacerda/CNI)

Em relatório, o Itaú BBA reiterou a recomendação de compra para os papéis da Eztec (EZTC3), com preço-alvo de R$ 32,8 ao final de 2022, uma valorização de 71,5% ante o atual valor de referência de R$ 19,13. 

O texto aponta como principais premissas da tese da alta das ações o atraente equilíbrio risco-recompensa; e o recente estreitamento do prêmio histórico no qual a Eztec estava negociando frente a outras incorporadoras residenciais de primeira linha.

Ademais, o potencial de valorização da venda das Torres Esther, “o que poderia ser um gatilho para o estoque no curto prazo”, foi outro ponto mencionado.

Em entrevista com o Itaú, o diretor financeiro e de RI da Eztec, Emílio Fugazza, expressou um tom mais cauteloso em relação à dinâmica da demanda após o fraco desempenho da empresa no 3° trimestre, principalmente devido à redução do apetite entre os investidores e um aperto na acessibilidade das hipotecas.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 145,2 milhões no terceiro trimestre de 2021, o representa um crescimento de mais de 20% em relação ao valor registrado em igual período de 2020. Apesar disso, a Eztec lançou apenas um empreendimento, o Arkadio EZ by Ott, de 276 unidades e VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 459,9 milhões.

Segundo o relatório do banco, o diretor observou que o pipeline (mapa das atividades que compõem o processo de vendas) de projetos aprovados tem um VGV (Valor Geral de Vendas) total de cerca de R$ 2,0 bilhões, embora os lançamentos dependam de uma melhora na velocidade de vendas da última safra de projetos.

O Itaú BBA ainda avaliou que os custos de construção devem continuar pesando sobre as margens no futuro, apesar do resfriamento de alguns insumos, como o aço. E ainda completou que “o repasse da inflação para os contratos de trabalho deve ser a principal fonte de preocupação para 2022.”