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Eztec, MRV ou Even: qual construtora foi melhor na prévia do primeiro trimestre?

16 abr 2019, 9:20 - atualizado em 16 abr 2019, 9:22

As construtoras Eztec (EZTC3), Even (EVEN3) e MRV (MRVE3) divulgaram as suas prévias para o 1º trimestre de 2019 entre a noite de segunda-feira e esta terça-feira (16). Confira, abaixo, os principais destaques e as análises para cada uma delas.

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Para o BTG Pactual, os resultados operacionais apresentados pela MRV foram mistos

MRV – Fluxo de caixa negativo e múltiplo atrativo

A MRV  apresentou lançamentos de R$ 1,09 bilhão no primeiro trimestre de 2019, alta de 35,9% em relação aos três primeiros de 2018. Já as pré-vendas contratadas somaram R$ 1,3 bilhão, avanço de 6% na mesma base de comparação. O banco de terrenos atingiu R$ 48,8 bilhões, variação positiva de 6,3% na relação com o total visto entre janeiro e março do último ano.

Para o BTG Pactual, os resultados operacionais apresentados pela MRV foram mistos. Os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio ressaltam a quebra da sequência de 26 trimestres consecutivos de geração positiva de caixa, tendo em vista a cifra negativa de R$ 19 milhões.

“Apesar de reconhecermos que a ação poderá enfrentar certa volatilidade no curto prazo, devido ao programa MCMV (Minha Casa Minha Vida), mantemos a recomendação de compra do papel, dado o valuation atrativo de 8 vezes o P/L (Preço sobre Lucro) projetado para 2019”, pondera o BTG. O preço-alvo para as ações é de R$ 16,00 – upside (potencial de valorização) de 17,1% em relação ao último fechamento.

Segundo o Safra, os lançamentos ficaram abaixo da expectativa, sendo impactados negativamente pela contingência no financiamento do FGTS em janeiro e fevereiro. “No entanto, a empresa lançou seu primeiro projeto com repasses à venda com financiamento de poupança (SBPE) em parceria com o Banco Santander. A companhia destacou que está em um estágio avançado de negociações com outros bancos privados com o objetivo de fomentar esse novo método de financiamento com recursos de contas de poupança”, destacam os analistas Rafael Zanini e Luiz Peçanha.

Até o dia de hoje foram vendidas 36 unidades, do total de 69 do empreendimento Fasano Itaim

Even – Fasano Itaim surpreende

A Even  lançou quatro empreendimentos no primeiro trimestre de 2019 que totalizaram R$ 785 milhões, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (16). As vendas líquidas somaram R$ 505 milhões, das quais R$ 354 milhões referem-se as vendas dos lançamentos do trimestre com velocidade de vendas (VSO) de 45%.

“Gostamos do que vimos nos dados operacionais da Even, já que a empresa registrou fortes lançamentos e vendas. E, embora já esperássemos um bom desempenho de vendas do projeto “Fasano”, pensamos que a velocidade de vendas seria mais lenta do que o relatado, o que significa que os impactos (positivos) desse projeto poderão ser sentidos em breve”, aponta o BTG Pactual em um relatório.

Até o dia de hoje foram vendidas 36 unidades, do total de 69 do empreendimento Fasano Itaim – Residencial, representando 52% das unidades.

De acordo com o BTG Pactual, a companhia “apresentou números operacionais fortes no primeiro trimestre de 2019”

Eztec – Números fortes, valuation esticado

A EzTec também divulgou prévia de seu resultado operacional, com VGV lançado de R$ 394 milhões, em linha com o guidance da companhia de lançamentos entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão para o ano de 2019.

As vendas líquidas totalizaram R$ 302 milhões, com R$ 322 milhões de vendas brutas e R$ 20 milhões de distratos. “Esta performance líquida implica na primeira superação da marca de R$300 milhões desde o segundo trimestre de 2013”, avalia o management.

De acordo com o BTG Pactual, a companhia “apresentou números operacionais fortes no primeiro trimestre de 2019”.

“Os resultados operacionais foram fortes em qualquer indicador que você olhe (com os lançamentos crescendo bem, fortes vendas de estoques, redução de cancelamentos, etc.)”, avaliam os analistas, destacando ainda que o banco “é um grande fã do modelo de negócios” da companhia.

No entanto, devido ao múltiplo esticado, com 1,65 vez o P/VPA (Preço/Valor Patrimonial por Ação), fundamenta a recomendação neutra às ações, com preço-alvo de R$ 23,00 – abaixo do último fechamento, de R$ 25,61.