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Eztec: lucro líquido cai 59,6% no 1º trimestre, para R$ 42,2 milhões

11 maio 2023, 20:55 - atualizado em 11 maio 2023, 20:55
Eztec
A margem bruta da Eztec também foi impactada pelos estouros de custos do empreendimento Parque da Cidade, cujas obras estão atrasadas (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O lucro líquido da incorporadora paulistana Eztec (EZTC3) caiu 59,6% na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, para R$ 42,2 milhões.

A piora no lucro da Eztec se deve, principalmente, ao aumento dos custos de construção nos projetos lançados nos últimos anos e que não foram acompanhados por reajuste nos preços de vendas, nas mesmas proporções, o que afetou as margens dos negócios.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 62%, para R$ 29,190 milhões. A receita líquida recuou 12,7%, para R$ 250,8 milhões.

A margem bruta foi a 28,4%, baixa de 10,9 pontos porcentuais na comparação anual, mas melhora de 3,7 pontos porcentuais na comparação com o trimestre anterior.

A margem bruta da Eztec também foi impactada pelos estouros de custos do empreendimento Parque da Cidade, cujas obras estão atrasadas.

Os clientes passaram a adiantar o valor das parcelas a fim de engordar a multa, que recai sobre o valor já pago. Segundo a companhia, isso atrapalhou o ritmo esperado de recuperação da margem.

As despesas comerciais cresceram 15,1%, chegando a R$ 24,9 milhões, resultado de aumento de gastos com publicidade, estandes, vendas de estoques e comissões. Já as despesas gerais e administrativas tiveram uma alta mais branda, de 6,0%, para R$ 31,2 milhões.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou positivo em R$ 24,3 milhões, montante 41% menor. Essa baixa na receita financeira se deve à menor variação do IGP, índice usado nos contratos de financiamentos diretos da incorporadora aos clientes.

A Eztec reportou queima de caixa de R$ 60,7 milhões no trimestre. A companhia, que tradicionalmente conta com mais recursos em caixa do que dívidas, encerrou o primeiro trimestre com caixa líquido de R$ 180,4 milhões. Esse montante, entretanto, foi 77,2% menor na comparação anual.