Exxon prepara perfuração no Brasil com aposta em águas profundas
A Exxon Mobil acelera os esforços de perfuração no Brasil, destacando seu compromisso com a exploração em águas profundas, mesmo sob o impacto da Covid-19 nas perspectivas para o petróleo.
A petroleira dos EUA vai começar a perfurar o prospecto Opal na Bacia de Campos ainda neste mês e depois passar para a área Titã, na Bacia de Santos, disse a empresa por e-mail.
O sucesso da Exxon nas bacias de Campos e Santos ajudará a determinar a extensão do pré-sal. A região inclui campos que constituem a espinha dorsal dos planos de produção e crescimento da Petrobras.
Apesar dos avanços da Petrobras em descobertas no pré-sal, também houve recentes reveses de peso por pares que, como a Exxon, compraram direitos de perfuração no país antes que os preços do petróleo despencassem.
Petroleiras americanas e europeias migraram para o Brasil nos últimos anos para comprar blocos de exploração na esperança de encontrarem campos gigantes como os de Tupi e Búzios da Petrobras. De 2016 a 2018, o Brasil respondeu por 75% do que foi gasto globalmente com licenças de exploração, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Reveses na exploração, incluindo um poço seco da Royal Dutch Shell, levantaram dúvidas. Em outras grandes províncias de petróleo offshore, como o Mar do Norte e a Baía de Prudhoe, no Alasca, as maiores descobertas ocorreram normalmente durante o início do ciclo de exploração.
Sem dúvida, o Brasil tem sido uma importante fonte de crescimento da produção fora da Opep nos últimos anos e seus campos sob as espessas camadas de sal estão entre os mais resistentes em um ambiente de preços mais baixos.
A Petrobras divulgou uma descoberta de gás natural na região de Campos em setembro e agora estuda os resultados. A empresa também tem quatro poços do pré-sal a serem explorados na Bacia de Campos no próximo ano.