Exxon Mobil (XOM) lança programa piloto para uso de gás natural em mineração cripto
A companhia de petróleo e gás Exxon Mobil (XOM) está supostamente realizando testes em um programa que alimenta a mineração de criptomoedas a partir de excedentes de gás natural que são comumente queimados.
Para isso, a empresa firmou um acordo com a Crusoe Energy Systems para usar a Formação Bakken, no estado americano da Dakota do Norte, para alimentar servidores para mineração de bitcoin (BTC).
Segundo o Business Insider, o programa teve início em janeiro do ano passado, mas se intensificou a partir de julho daquele ano.
Fontes informaram a Bloomberg que Exxon Mobil planeja expandir o programa para outros países, como Nigéria, Alemanha, Argentina e Guiana.
A queima de gás é algo comum feito durante a extração de petróleo, principalmente quando não existem oleodutos que possam transportar esse gás.
A Exxon Mobil não foi a única a usar excedentes de gás natural para minerar bitcoin. A concorrente da empresa, ConocoPhillips, confirmou em fevereiro que está vendendo o excesso de gás para mineradores cripto na Dakota do Norte.
Mineração de criptomoedas
A mineração de criptomoedas designa o processo de aplicação de poder computacional, para encontrar uma solução matemática de alta complexidade que dá o direito de transmissão de um bloco de transações em um blockchain.
A mineração cripto é feita em blockchains que usam o mecanismo de consenso “proof-of-work” (PoW). Algumas das redes que usam esse tipo de protocolo são Bitcoin, Bitcoin Cash (BCH) e Monero (XMR).
No entanto, essa atividade é criticada por não ser sustentável, já que milhares de máquinas precisam estar ligadas ao mesmo tempo, em uma grande competição tecnológica, a fim de obter a recompensa fornecida pelo protocolo a cada transmissão de bloco.