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‘Extremada’: A reação do presidente do Bradesco (BBDC4) ao caos dos mercados

05 ago 2024, 10:38 - atualizado em 05 ago 2024, 12:01
Bradesco
Para o Brasil, o CEO vê cenário de taxas mais constantes (Imagem: Divulgação)

O presidente do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, classificou como ‘extremada’ a queda dos mercados nesta segunda-feira. O comentário ocorreu em conferência de resultados com jornalistas, em São Paulo. As bolsas globais vivem dia de caos em meio ao receio de que os Estados Unidos vão entrar em recessão.

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“Veja o paradoxo, até dias atrás tínhamos a expectativa do Federal Reserve cortar os juros, os indicadores americanos oferecendo isso. Nas palavras do Powell: ‘chegamos a debater, mas não derrubamos’. Havia dúvida, porque a atividade nos Estados Unidos está colossal. Saímos de uma posição, ‘será que é o momento de derrubar os juros’, para outra posição, que é, ‘pode ser que já tenha uma recessão em curso’. Absolutamente extremada”, diz.

Para o Brasil, o CEO vê cenário de taxas mais constantes. O banco não enxerga alta dos juros, considerando principalmente a possível queda das taxas nos Estados Unidos, o que pode ajudar o país. Porém, a perspectiva desacelerará o crescimento para o ano que vem, apesar do desemprego em um bom patamar, de 6,9%.

A projeção do crescimento do Bradesco para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,5% para 2,3% neste ano.

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Queda das bolsas

A correção nos mercados de ações globais intensificou significativamente nesta manhã, visto que as preocupações de que o Federal Reserve esteja atrasado em cortar as taxas de juros aumentaram. Com a economia dos EUA desacelerando, os investidores buscam refúgio em ativos mais seguros.

A bolsa de Nikkei, a maior do Japão, despencou 12% em sessão histórica. Trata-se da pior queda desde 1987, quando ocorreu a chamada ‘Black Monday’.

Enquanto isso, na China, a segunda maior economia do mundo, o crescimento da atividade de serviços se acelerou em julho, ajudado por novos pedidos, embora o ímpeto da demanda externa tenha diminuído, atingindo o seu ponto mais lento em 11 meses, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada nesta segunda-feira.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.