Extrema-direita de Israel rejeita partido islâmico e complica possível coalizão de Netanyahu
As perspectivas de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, formar um novo governo de coalizão após uma eleição inconclusiva se complicaram mais nesta quinta-feira devido à recusa da extrema-direita de qualquer possível parceria parlamentar com um partido islâmico.
Contagens parciais da votação de terça-feira (23) mostraram o partido conservador Likud, de Netanyahu, e facções ideologicamente próximas sem maioria no Parlamento de 120 cadeiras –o que cria a possibilidade de o premiê buscar algum tipo de acomodação com a Lista Árabe Unida (UAL).
Enquanto alguns comentaristas políticos veem a inclusão da UAL, que se prevê conquistar quatro assentos, em um governo Netanyahu como improvável, alguns previram que o partido, ao invés disso, pode prometer não apoiar nenhuma moção de desconfiança da oposição.
Extrema-direita
Em troca de tal proteção de um aliado tão inesperado, Netanyahu concordaria com medidas para melhorar as condições da minoria árabe de 21% de Israel, disseram os comentaristas.
Mas o Sionismo Religioso, uma sigla ultranacionalista comandada por colonos judeus que se prevê ficar com seis cadeiras, indicou que o premiê não poderia contar com seu apoio se chegar a um acordo com a UAL, que simpatiza com os palestinos.
“Nenhum governo de direita baseado na UAL surgirá. Ponto. Nem com ela dentro, nem com ela fora, nem através da abstenção, nem através de algum outro tipo de (esquema)”, disse o líder do Sionismo Religioso, Bezalel Smotrich, no Facebook.