Exportações de soja aceleram por temor de mais perdas cambiais e de fundamentos
Das cerca de 2 milhões de toneladas de soja negociadas pelos brasileiros nas últimas duas semanas, uma aceleração dos volumes foi notada nos últimos três dias.
E com o impulso de notícias de alta da Selic, como se confirmou nesta quarta, e o reflexo baixista na divisa americana, como é o mais comum, os produtores se apressaram.
Os chineses aproveitam a liquidação.
Não há ainda informações contabilizadas dos últimos movimentos, mas o analista e consultor Vlamir Brandalizze notou essa corrida em conversa com seus clientes e parceiros.
O óleo de palma malasiano ofertou demasiadamente o mercado, derrubou o óleo de soja e o grão vem junto.
Nesta quinta (17), as variações de julho e agosto, em Chicago, acusam perdas de 36 a 40 pontos, renovando a máximas de baixa, e as cotações testam se acomodar entre US$ 13,50 a 14,20 o bushel.
“Mas a pressão é grande, porque o clima nos Estados Unidos tende a melhorar em alguns estados importantes que ainda estão com poucas chuvas e as lavouras, quase 100% fechadas, estão germinando ou em desenvolvimento”, diz.
Pode até haver uma perda de qualidade, mas no geral os produtores americanos estão satisfeitos.
No Brasil, a soja disponível despencou também. Dos R$ 180 a R$ 190 a saca, observadas em março, está sendo negociada a R$ 160.