Exportações

Exportações alemãs saltam em junho apesar de gargalos de oferta

09 ago 2021, 9:40 - atualizado em 09 ago 2021, 9:40
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As exportações com ajuste sazonal aumentaram 1,3% no mês em junho, após uma alta revisada de 0,4% em maio (Imagem: Pixabay/HesselVisser)

As exportações alemãs cresceram mais do que o esperado em junho apesar dos persistentes gargalos de oferta na indústria, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira, sugerindo uma sólida recuperação na maior economia da Europa.

Os dados, divulgados pela Agência Federal de Estatísticas da Alemanha, trouxeram algum alívio após os números da manufatura mostrarem na sexta-feira uma queda inesperada na produção industrial em junho devido a gargalos no fornecimento de bens intermediários.

“As exportações aumentaram pelo 14º mês consecutivo. Que loucura!” disse Thomas Gitzel, analista do VP Bank.

As exportações com ajuste sazonal aumentaram 1,3% no mês em junho, após uma alta revisada de 0,4% em maio. As importações aumentaram 0,6%, ante 3,4% no mês anterior.

O forte aumento nas exportações ampliou o superávit comercial para 13,6 bilhões de euros, ante 12,8 bilhões de euros em dado revisado ​​em maio.

Pesquisa da Reuters apontava um aumento de 0,4% nas exportações e de 0,5% nas importações e saldo da balança comercial de 13,4 bilhões de euros.

Em relação ao mesmo período no ano anterior, as exportações cresceram 23,6% e as importações, 27%, impulsionadas principalmente pelos negócios com os Estados Unidos e a China, os dois principais parceiros comerciais da Alemanha fora do mercado único da União Europeia.

O analista do VP Bank Thomas Gitzel alertou que havia o risco de que os gargalos no fornecimento de produtos intermediários na manufatura podem se refletir em breve mais claramente nos números de exportação.

“O problema da escassez de materiais vai devorar todos os números econômicos”, acrescentou Gitzel.

O banco central do país disse no mês passado que o crescimento econômico pode acelerar ainda mais neste verão do hemisfério norte, caso não haja “retrocessos significativos” no combate à pandemia e os gargalos de oferta diminuam.