Exportação de derivados de petróleo do Irã bate recorde apesar de sanções dos EUA
O Irã alcançou um recorde de exportações de produtos de petróleo, apesar das sanções dos Estados Unidos, disse o ministro do Petróleo, Bijan Zanganeh, em declarações transmitidas pela televisão nesta sexta-feira.
Zanganeh disse que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e seu secretário de Estado, Mike Pompeo, “se juntaram à lata de lixo da história, mas estamos vivos e trabalhando com mais esperança para construir o país”.
“O inimigo e Trump queriam que morrêssemos e que nossas exportações chegassem a zero”, disse ele.
“Batemos o maior recorde de exportação da história da indústria do petróleo durante o período de embargo.”
Trump abandonou o acordo nuclear com o Irã em 2018 e impôs sanções ao setor bancário e de energia iraniano.
Estima-se que o Irã exporte menos de 300.000 barris de petróleo por dia (bpd), em comparação com um pico de 2,8 milhões de bpd em 2018.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que se o Irã retomou o cumprimento estrito do acordo nuclear –pelo qual restringiu seu programa nuclear em troca de alívio das sanções econômicas– os Estados Unidos também o fariam.
No entanto, dois dos principais indicados para a segurança nacional de Biden disseram na terça-feira que os Estados Unidos ainda estavam longe de tomar a decisão de voltar ao acordo.
O Irã aumentou significativamente as exportações de produtos petrolíferos nos últimos anos, embora os produtos, como o petróleo bruto, caiam devido às sanções dos EUA.
Ao contrário do petróleo bruto, onde o comprador final é uma refinaria, outros produtos podem chegar a potencialmente milhares de compradores industriais ou residenciais de pequena escala, tornando-os difíceis de rastrear.