Exportações

Exportação de carnes da Aurora cresce 18% no 1º semestre de 2021; vê alta para o ano

28 jul 2021, 18:55 - atualizado em 28 jul 2021, 18:55
Aurora
Esses fatores favoreceram o esforço de busca de recuperação de preços e as exportações brasileiras de frango (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

As exportações de carnes e derivados da Aurora Alimentos atingiram 291,5 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 18% ante o mesmo período de 2020, informou a companhia nesta quarta-feira, com expectativas positivas para o decorrer de 2021.

Do volume total embarcado, 55% foi composto por frango e 45% de suíno, disse em nota a empresa que é a terceira maior do país no processamento das duas proteínas.

As receitas com as exportações do semestre renderam 667,8 milhões de dólares, alta de 23% no comparativo anual. As vendas de carne de frango contribuíram com 40% para esse resultado e, as carnes suínas, com 60%.

“As vendas de carnes suínas no mercado externo ainda se beneficiam dos influxos da demanda chinesa que se manteve forte. O surgimento de novos focos de peste suína na China, Rússia e outros países asiáticos, principalmente, contribuiu para o escoamento da produção”, afirmou a Aurora.

A China é o principal comprador, seguida por Hong Kong, Chile, Estados Unidos e Japão.

Os principais produtos suínos exportados pela companhia foram pernil, lombo, carré, paleta, barriga, costela e demais cortes/miúdos.

No segmento de aves, a Aurora disse que o mercado foi impactado pela mudança da sazonalidade climática com a chegada do verão no Hemisfério Norte associado ao surgimento de focos de gripe aviária na Europa e na Ásia.

“Esses fatores favoreceram o esforço de busca de recuperação de preços e as exportações brasileiras de frango.”

Os cortes mais embarcados foram coxas e sobrecoxas, peito, asas e demais cortes/miúdos, tendo como principais destinos China, Japão, Emirados Árabes, Filipinas, Rússia e Coreia do Sul.

O diretor comercial da Aurora, Leomar Somensi, considerou muito positivo o balanço das exportações do primeiro semestre, “apesar dos elevados custos dos insumos (milho e farelo de soja) e do protecionismo de alguns mercados”.

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Projeções

Com base no cenário positivo dos primeiros seis meses de 2021, as expectativas para o segundo semestre são otimistas.

“Há sólidas previsões de aumento do consumo decorrente do avanço da vacinação (contra a Covid-19) e da retomada gradual do turismo. Os custos de produção, contudo, irão se manter elevados, pressionando a reposição dos preços e a retração das margens”, disse o diretor no comunicado.

O presidente da Aurora, Neivor Canton, prevê que, mantidos os volumes médios mensais faturados até o momento, a expectativa é encerrar 2021 com um crescimento de 15% no negócio de aves em faturamento, sendo 24% de alta no mercado externo e 3,3% no interno.

Em suínos, a previsão é finalizar o ano com avanço de 20% em faturamento, sendo 40% de acréscimo no mercado externo e 6% no mercado interno.

A companhia não detalhou os valores que podem ser alcançados no ano com o aumento nas receitas.