Exportação de carne suína ultrapassa marca de 100 mil toneladas pela 1ª vez, diz ABPA
A exportação de carne suína do Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 mil toneladas, na esteira da ampla demanda da China pela proteína em meio ao surto de peste suína africana no país asiático, disse nesta sexta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em maio, o país embarcou 102,4 mil toneladas, considerando o produto in natura e processado, alta de 52,2% ante as 67,2 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.
Em receita, as vendas mensais de carne suína alcançaram 227,9 milhões de dólares, 58,4% acima do alcançado no quinto mês de 2019.
No acumulado do ano até maio, as exportações da proteína chegaram a 383,2 mil toneladas, volume 34% acima do efetivado nos cinco primeiros meses de 2019, com 285,9 mil toneladas.
“Ultrapassamos pela primeira vez o patamar de 100 mil toneladas e de 200 milhões de dólares em um único mês. Apesar de extremamente positivo, era um comportamento esperado pelo setor para este ano, mesmo com o enfrentamento da pandemia”, disse em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Segundo ele, as vendas para o mercado internacional contribuem para reduzir a elevação dos custos produtivos.
Frango
Na mesma linha, as exportações totais de carne de frango (incluindo in natura e processados) alcançaram 399,4 mil toneladas em maio, resultado que supera em 4,5% o saldo dos embarques efetivados no mesmo período de 2019, com 382,2 mil toneladas.
No acumulado do ano, o volume exportado chegou a 1,764 milhão de toneladas, volume 4,9% acima do efetivado entre janeiro e maio de 2019, com 1,681 milhão.
A associação ainda destacou que a China fortaleceu sua posição como principal destino das exportações de aves e de suínos, e foi um dos impulsos para o bom desempenho dos embarques neste período, conforme a nota.
“Esta é uma tendência que deverá se manter durante os próximos meses em relação ao mercado asiático”, estimou.