Coluna do Market Makers

Explicando Daniel Goldberg: 9 lições do episódio #55

31 jul 2023, 15:51 - atualizado em 31 jul 2023, 15:51

Daniel Goldberg explodiu nossas mentes na semana passada, tanto pela profundidade da conversa quanto pela duração da entrevista (quase 3 horas de podcast!). Confesso que estava ansioso em saber como nossa audiência receberia uma conversa tão técnica e longa. Fico feliz de ver a aceitação:

 

Mas como sabemos que não é todo mundo que consegue tempo para ouvir um podcast de 3 horas – e, se ouviu, talvez não tenha absorvido tudo de uma vez -, me sinto no dever de compartilhar os tópicos que anotei como os mais importantes da conversa com o Goldberg.

São reflexões que me ajudam a reforçar o aprendizado que tive construindo o episódio. Para os leitores que não ouviram ainda, espero que o texto sirva de incentivo para absorver essa aula.

Foi um daqueles papos que realmente transformaram minha forma de enxergar o mercado. Na brincadeira do “compounding” do conhecimento que enfatizamos em nosso Manifesto, esse episódio teve um “yield” acima da média.

1. Invista no “porquê”, não no “o quê”. Essa lição já foi muito bem explicada pelo Renato na newsletter de sexta-feira. A turma do “o quê” seria dos investidores que escolhem um ativo, entendem tudo sobre ele, projetam seus fluxos de caixa, trazem a valor presente e chegam a um veredito sobre aquela empresa. A turma do “porquê” também faz isso, mas foca a decisão em outra questão: por que essa oportunidade existe?

Nas palavras do Goldberg “as pessoas não se acostumaram a perguntar o porquê, mas é o porquê que traz retorno em excesso. Não vem de saber mais que seu vizinho, vem de tomar um risco que seu vizinho não está querendo tomar naquele dia”.

2. A obsessão do alfa. É normal e até saudável as pessoas perseguirem o alfa (retorno gerado acima da média do mercado), mas ele tira o foco dos investidores. Todo investidor quer acreditar que sua equipe é a melhor equipe, o seu investimento é o melhor investimento, e isso faz com que eles acreditem que, para gerarem retorno acima da média, eles precisam saber mais do que o seu “vizinho”. Isso é falho, na visão de Goldberg:

“O mercado tem um bocado de agentes heterogêneos que estão dispostos a comprar e vender ou transferir riscos por motivos distintos em função de mandatos distintos. Isso é tão ou mais importante do que quão mais você entende sobre aquela firma ou sobre os fluxos de caixa daquela firma para explicar seu retorno”.

3. A analogia da seguradora e a conclusão do que é o mercado. Quando você contrata um plano de saúde ou um seguro contra incêndio, você sabe que a chance de você ter uma doença rara ou da sua casa pegar fogo é muito mais baixa do que a taxa que você paga para se proteger disso. Mesmo assim, você não pensa “ei, a seguradora está tendo muito alfa em cima de mim”. Na verdade, a seguradora está em posição de absorver este risco que você quer transferir pra ela.

“É exatamente assim que o mercado funciona: o mercado é uma máquina de processar informação e risco. Todo mundo foca na informação e por isso assume que o sujeito que gera alfa é o cara que mais sabe sobre uma companhia ou que teve sorte. Mas ninguém para pra pensar que o chamam de alfa, às vezes não tem nada de alfa, é só um cara contratando um seguro. Na Lumina, tem coisas que a gente faz que é como se fôssemos uma seguradora, e quem está nos pagando em excesso de retorno só significa que há um investidor que quer transferir um risco que a gente topa assumir”.

Clique aqui para ler o texto completo na íntegra!

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