Economia

Expansão do setor de serviços do Brasil acelera em outubro com demanda forte, mostra PMI

04 nov 2022, 10:13 - atualizado em 04 nov 2022, 10:13
A força da demanda, a conquista de novos clientes e eventos maiores foram citados como razões para a recuperação das venda (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A atividade de serviços do Brasil ganhou impulso da demanda e cresceu em outubro no ritmo mais forte em três meses, embora o cenário inflacionário tenha pesado, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Em outubro, o PMI de serviços brasileiro subiu a 54,0 de 51,9 em setembro, de acordo a pesquisa da S&P Global, atingindo o patamar mais forte desde julho graças ao aumento no volume de novos pedidos.

A marca de 50 separa crescimento de contração.

“Houve sinais de recuperação no setor de serviços brasileiro à medida que avançamos para o final de 2022, com a demanda mostrando uma resistência considerável apesar de outro aumento nos custos de produção”, afirmou a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.

“Após três meses consecutivos de desaceleração, a pesquisa PMI indicou maior expansão em novos negócios e na produção”, completou.

A força da demanda, a conquista de novos clientes e eventos maiores foram citados como razões para a recuperação das vendas.

Isso ajudou na criação de vagas de trabalho, e o emprego aumentou pelo 17º mês consecutivo, a uma taxa acentuada que superou a registrada em setembro.

Também ajudou a avaliação entre os prestadores de serviços de que o volume da atividade de negócios será maior até outubro de 2023.

O nível geral de confiança ficou em outubro acima da média histórica, fundamentado por investimentos, esforços de marketing, oferta de novos serviços e estabilidade política após as eleições.

O ponto negativo veio da inflação.

As despesas operacionais continuaram aumentando, mas a redução dos custos de energia e combustíveis ajudou a taxa de inflação geral a cair para o nível mais baixo em 26 meses.

No entanto, ao contrário da tendência dos preços de insumos, houve reaceleração na taxa de inflação dos preços cobrados, uma vez que as empresas procuraram transferir os recentes aumentos de custos para seus clientes.

A força do setor de serviços impulsionou o índice de produção do setor privado brasileiro, compensando a perda de força da indústria em outubro.

Assim, o PMI Composto do Brasil subiu a 53,4, de 51,9 em setembro, que havia marcado o nível mais baixo em oito meses.

Os dados foram coletados entre 12 e 26 de outubro de 2022.

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