Economia

Mercado de capitais pode aumentar PIB per capita em 12,1% até 2022

03 set 2018, 11:38 - atualizado em 03 set 2018, 12:03

O estímulo causado pela expansão do mercado de capitais pode aumentar o PIB per capita brasileiro em 12,1% e gerar 1,7 milhão de empregos adicionais até 2022, de acordo com o estudo divulgado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e a B3, nesta segunda-feira (3).

O estudo mede os impactos do fortalecimento do mercado de capitais sobre um conjunto de indicadores socioeconômicos. Com a adoção de medidas de incentivo, o mercado de capitais poderá atingir crescimento de, em média, 12,2% em cinco anos. Isso significa, por exemplo, aumento adicional de 12,1% ao PIB per capita no mesmo período.

O ganho para a renda per capita seria de R$ 4 mil adicionais, chegando a R$ 38,8 mil em cinco anos. O valor é 21,1% maior do que os R$ 34,6 mil caso não haja expansão mais rápida do mercado de capitais. O volume total de investimentos no país seria 21% superior (alta de R$ 294 bilhões), e os aportes nos setores de eletricidade, saneamento, telecomunicações e transporte seriam 18,2% maiores (R$ 89 bilhões adicionais).

Outro indicador medido pelo estudo é a arrecadação de impostos, que teria um incremento de 12,1%, o equivalente a R$ 1 trilhão acumulado nos próximos cinco anos. O valor é praticamente a metade da arrecadação registrada em 2017, que foi de R$ 2,1 trilhões.

O estudo propõe que, para concretizar essas previsões, há uma série de medidas micro e macroeconômicas que precisa ser tomada. “O desenvolvimento do mercado de capitais é a saída para os desafios de financiamento de longo prazo que temos atualmente ”, afirma José Carlos Doherty, superintendente geral da ANBIMA.

“O mercado de capitais é fundamental para impulsionar o crescimento econômico do país, gerando emprego e renda para a sociedade, a partir das reformas necessárias que todos esperamos. Precisamos de mobilização e do compromisso com esta agenda positiva que apresentamos hoje, para que assim possamos alavancar o potencial de crescimento do mercado e do Brasil”, diz Gilson Finkelsztain, presidente da B3.

Leia o relatório na íntegra:

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