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Expansão do crédito à pessoa física, segundo a Febraban, tem destino certo, o agronegócio

23 ago 2022, 12:23 - atualizado em 23 ago 2022, 12:23
Agricultura Agronegócio
Pessoas físicas englobam a maior parte dos produtores agropecuários do país

Ao divulgar previsão de crescimento do crédito para pessoa física, a Febraban só fez um leve recorte lembrando da atividade rural como um dos motores, mas pela natureza do cenário brasileiro e rural, em particular, deve-se ler: o conjunto do agronegócio levará boa parte desses recursos.

Pessoas físicas respondem pela maior parte da produção agropecuária brasileira, incluindo até grandes produtores, e a escassez de crédito subsidiado já é uma realidade que empurra cada vez mais o empresário para tomar recursos a juros livres. Mesmo com o Plano Safra 22/23 recém-lançado, com dotação maior, não haverá alteração.

E com o setor em alta, até a abertura de empresas é muito mais expressiva, enquanto em outras atividades portas são fechadas, como reproduziu Money Times.

Por outro lado, ainda que houve uma melhora do mercado de trabalho, como nota a entidade dos bancos brasileiros, os juros de dois dígitos não promovem estímulo suficiente para as famílias tomarem financiamentos para compras de maior valor.

Assim, da alta de 21,5% do crédito voltado às pessoas físicas em 12 meses, a Febraban espera também elevação de 1,4% em julho.

Com isso, na classificação geral de empréstimos às famílias e às empresas, na Pesquisa Especial de Crédito, o mês passado deve ter fechado com alta de 0,8%, dados que serão oficialmente conhecidos quando o Banco Central anunciar a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito na próxima segunda-feira.

No documento da Febraban, assinado por Rubens Sardenberg, diretor de Economia, de destaca também que em termos anualizados, o ritmo de expansão da carteira do sistema financeiro deverá ficar em 16,3%, em ligeira queda sobre a estimativa anterior, com redução tracionada pelo financiamento à pessoa jurídica.

Ainda assim, se concretizada, a desaceleração será inferior à da inflação, que saiu de 11,89% para 10,07% no mês de julho.

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