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“Expansão de análise sobre cripto” faz parte de estratégia de crimes cibernéticos dos EUA

02 jun 2021, 11:43 - atualizado em 02 jun 2021, 11:43
Recentes ataques de ransomware a grandes empresas americanas chamaram a atenção de autoridades americanas pela cibersegurança dos sistemas (Imagem: Unsplash/renedeanda)

Nessa terça-feira (1º), um porta-voz da Casa Branca disse que a “expansão da análise sobre cripto” para rastrear transações ligadas a ataques de ransomware é parte de um foco mais amplo sobre tais ataques.

Ransomware é um tipo de software nocivo que bloqueia o acesso a um sistema e exige um resgate em criptomoedas para ser restabelecido.

Segundo uma transcrição de uma coletiva informal de imprensa, a vice-secretária de imprensa Karine Jean-Pierre falou com repórteres sobre o recente ataque de ransomware à fornecedora de carne bovina JBS (JBSS3) que, segundo autoridades americanas, parece estar ligado a uma organização criminosa da Rússia.

Durante a coletiva informal, Jean-Pierre disse que “a Casa Branca ofereceu assistência à JBS” e que autoridades americanas estão avaliando a situação. A notícia sobre o ataque de ransomware à JBS surgiu logo após um ataque à Colonial Pipeline.

“A Casa Branca está conversando diretamente com o governo russo sobre essa questão e repassando a mensagem de que estados responsáveis não escondem criminosos de ransomware. O FBI [Departamento Federal de Investigação] está investigando e a CISA [Agência de Segurança e Infraestrutura Cibernética] está colaborando com o FBI para oferecer suporte técnico à empresa para se recuperar do ataque de ransomware”, disse Jean-Pierre.

A porta-voz da Casa Branca expandiu para o escopo das iniciativas de ransomware da Casa Branca, afirmando que houve um foco na análise sobre criptomoedas:

O combate ao ransomware é uma prioridade da administração.

O presidente Biden já iniciou uma rápida revisão estratégica para abordar a crescente ameaça de ransomware a fim de incluir quatro ramos de iniciativas:

i) distribuir infraestrutura de ransomware e agentes que estão trabalhando com o setor privado;

ii) desenvolver uma coligação para responsabilizar países que protegem invasores de ransom;

iii) expandir análise de criptomoedas para encontrar e buscar por transações criminosas; e

iv) revisar políticas de ransomware do governo americano.

O governo americano já têm contratos com empresas da indústria, como a Chainalysis, para ter acesso à tecnologia de rastreamento de transações. Ainda veremos se o foco em ransomware da Casa Branca de Biden verá essas capacidades serem expandidas por agências policiais.

Em dezembro, o inspetor geral do Departamento de Justiça (DOJ) pressionou o FBI a finalizar seu trabalho sobre um plano de apoio a criptomoedas.

“Pedimos que organizações do governo e do setor privado levem a ameaça de ransomware a sério e modernizem suas ciberdefesas, incluindo a implementação de práticas na ordem executiva”, continuou Jean-Pierre.

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