“Exército compartilha o repúdio à impunidade”, diz comandante geral
O Comandante do Exército Brasileiro foi hoje ao Twitter opinar sobre as manifestações em várias cidades brasileiras que pressionam o Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubar um habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o qual quer evitar sua prisão após condenação pela segunda instância da Justiça Federal no caso do tríplex do Guarujá (SP).
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“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, disse o General Villas Boas. Em outra mensagem, o militar continuou: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.
Na segunda-feira (2), o general de exército da reserva Luiz Gonzaga Lessa disse ao Estado que, se o STF votar favoravelmente à Lula, uma intervenção militar seria justificável. “Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá”.
O deputado federal Jorge Solla (PT) alegou hoje, em discurso na Câmara dos Deputados, que o general deveria ser preso por crime de conspiração. “É grave. É muito grave. Ou ele é preso imediatamente para garantir de que teremos amanhã um julgamento sério, ou teremos uma grande chance de ver o STF decidir com a faca no pescoço. E se isso acontecer também já é golpe”, disse.
Manifestantes ocupam a Avenida Paulista em um ato que busca pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubar um habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o qual quer evitar sua prisão após condenação pela segunda instância da Justiça Federal no caso do tríplex do Guarujá (SP). O Ibovespa fechou em leve queda de 0,05%, aos 84.623 pontos, e o dólar comercial terminou em alta de 0,77%, a R$ 3,381.