Exército americano quer utilizar ferramentas de rastreamento para investigar cibercrimes
A principal divisão investigativa do exército americano novamente demonstrou interesse em equipar sua equipe de cibercrimes com ferramentas de rastreamento de criptoativos, segundo registros públicos.
Uma declaração de trabalho (SOW, na sigla em inglês), publicada na última sexta-feira (10), destaca como a Principal Unidade de Cibercrimes (MCU) da Investigação Criminal do Exército dos EUA (USACIDC) está dando o passo inicial para dar as boas-vindas a propostas para ofertas baseadas em internet em vez de soluções de software ou hardware.
Basicamente, com um convite para expressar interesse entre contratantes, a SOW possui um prazo para 20 de julho.
Segundo o documento, “a aplicação baseada na internet deve fornecer a capacidade de atender a ação policial a identificar e interromper agentes que estão usando criptoativos para atividades ilícitas, como fraude, extorsão e lavagem de dinheiro”.
“A aplicação deve permitir que usuários realizem pesquisas aprofundadas sobre a fonte de transações de criptoativos e fornece análise para bitcoin e outras principais criptomoedas”, complementa.
Em seguida, o documento explica a postura do exército americano para tal ferramenta:
“Objetivos: adquirir uma solução baseada na internet que forneça a capacidade de fornecer suporte a pesquisas em que haja um elo às criptomoedas.
A solução precisa ser baseada em nuvem para fornecer suporte à capacidade da USACIDC de rapidamente detectar conexões financeiras criminosas e suspeitas, identificar transações suspeitas de criptomoedas e investigar conexões com criptomoedas.”
Dentre os requisitos, estão a capacidade de “identificar padrões de transações e interações com outras entidades” e possuir “certo tipo de visualização e/ou ligação com ferramentas de análise para facilitar a análise de dados”.
A publicação veio em menos de um ano após o exército americano ter emitido uma nota de pré-solicitação no ano passado.
O Pentágono, responsável pelas forças armadas americanas, anteriormente analisou o uso de criptomoedas em um jogo de guerra com foco na inquietação civil nacional.
Documentos obtidos pelo Intercept demonstram um contexto em que uma “rebelião” da Geração Z incluía o uso de criptoativos para redistribuir fundos roubados.