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Executiva de privacidade da Apple defende uso de criptografia

11 jan 2020, 10:41 - atualizado em 08 jan 2020, 9:28
Apple
A Apple responde regularmente aos mandados concedendo aos investigadores acesso aos dados armazenados em seus servidores, como informações da conta de usuário do iCloud (Imagem: Unsplahs/@zhangkaiyv)

A principal executiva de privacidade da Apple defendeu o uso de criptografia pela empresa após recentes divergências com autoridades de segurança e políticos sobre o acesso às informações bloqueadas em iPhones.

Os iPhones podem ser perdidos ou roubados, portanto, a Apple precisa garantir que os dispositivos sejam criptografados para proteger dados como informações de saúde e pagamentos, disse a diretora sênior de privacidade global da Apple, Jane Horvath, durante um painel na conferência de tecnologia CES, em Las Vegas.

Ela também classificou o terrorismo e o abuso sexual infantil de “repugnantes” e destacou que a Apple ajuda agentes de polícia em investigações todos os dias.

Recentemente, o FBI pediu à Apple que ajudasse a agência a acessar informações em iPhones pertencentes a um suposto atirador que matou três pessoas em uma base naval da Flórida no mês passado.

O atirador está morto, e os aparelhos estão bloqueados por uma senha e criptografados. Com isso, os investigadores federais não conseguem acessar os dados do dispositivo.

“Quando o FBI solicitou nossas informações sobre esse caso há um mês, fornecemos todos os dados que tínhamos em mãos e continuaremos a apoiá-los com os dados que temos disponíveis”, afirmou a Apple em comunicado na terça-feira.

A Apple responde regularmente aos mandados concedendo aos investigadores acesso aos dados armazenados em seus servidores, como informações da conta de usuário do iCloud.

No entanto, no passado, a empresa não quis cooperar com as autoridades para desbloquear iPhones com o objetivo de acessar dados no dispositivo. A executiva também argumentou que a segurança e a criptografia do iPhone significam que a empresa não pode acessar essas informações, mesmo que quisesse.

Empresas de tecnologia e governos há anos divergem sobre o equilíbrio entre permitir o acesso a dados para cumprir a lei e a privacidade dos usuários. Um caso que chamou a atenção foi quando os EUA solicitaram acesso a um iPhone de um terrorista que realizou uma série de tiroteios em San Bernardino, Califórnia, em 2015.

A Apple não quis cooperar, e o FBI finalmente conseguiu acessar os dados do celular. Discussões e debates continuaram com pouco progresso.

A Apple tem promovido a privacidade como um diferencial importante, destacando consistentemente a mensagem de que seu hardware e serviços são mais seguros que os de concorrentes.

Na CES, Horvath descreveu as maneiras pelas quais a Apple minimiza a coleta de dados ou reúne informações que não estão vinculadas a usuários específicos. Ela citou a assistente Siri, que coleta dados meteorológicos da cidade da pessoa, e não a latitude e longitude exatas.

Horvath também disse que a Apple tem um engenheiro de privacidade e um advogado para cada equipe que desenvolve aparelhos.

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