Executiva de banco dinamarquês quer mais mulheres na gerência
O Danske Bank quer trazer muito mais mulheres para o alto escalão como parte de um grande plano para melhorar suas credenciais em questões ambientais, sociais e de governança.
Berit Behring, responsável por gestão de fortunas do banco de Copenhague e única mulher no chamado “nível C” do alto escalão, diz que o Danske quer que pelo menos 35% de seus gerentes sejam mulheres em relação à parcela atual de 23%.
“Não se trata apenas de gênero“, disse a repórteres na quarta-feira. “No entanto, nosso objetivo é ter mais mulheres em cargos de gerência sênior.”
A diversidade é apenas uma das várias metas traçadas pelo banco até 2023. O Danske também assumiu compromissos de investir quase US$ 20 bilhões em projetos verdes, dos quais 75% serão destinados para financiamento e o restante dedicado à gestão de ativos.
O foco na conduta ética segue um capítulo sombrio na história do Danske, depois que o banco admitiu que grande parte dos cerca de US$ 220 bilhões em fluxos não residentes que passaram por suas operações na Estônia eram suspeitos.
Enquanto o banco espera a decisão sobre o quanto vai pagar de multas, autoridades na Europa e Estados Unidos investigam alegações de lavagem de dinheiro.
Na quarta-feira, as consequências das operações irregulares ainda ecoavam. O Danske disse que espera forte queda do lucro este ano, em parte devido ao aumento dos custos de conformidade.
O escândalo levou muitos investidores e clientes a abandonarem o Danske, e o valor de mercado do banco caiu pela metade desde o início de 2018.
Agora, o Danske quer se reposicionar como uma instituição focada na conduta ética. Isso inclui o corte de sua própria pegada de carbono em 75% em relação aos níveis de 2010 nos próximos três anos, afirmou.