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Exclusivo: Saudi Aramco busca fundos soberanos para atingir US$ 2 trilhões em IPO

26 set 2019, 13:02 - atualizado em 26 set 2019, 13:02
Saudi Aramco
Expectativa do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman é que banqueiros construam uma base de investidores para atingir a avaliação de US$ 2 trilhões (Imagem: Reuters/Ahmed Jadallah)

A estatal Saudi Aramco procurou a Autoridade de Investimentos de Abu Dhabi (ADIA), GIC de Cingapura e outros fundos soberanos para investir na parte doméstica da oferta da gigante do petróleo que busca alcançar uma avaliação de 2 trilhões de dólares, disseram fontes.

Após conversas iniciais nos últimos meses entre a Arábia Saudita e governos no Golfo e na Ásia, começaram as abordagens aos fundos soberanos através dos bancos nomeados para lidar com a oferta pública inicial (IPO) da Aramco, disseram as fontes.

Uma reunião entre a administração da Aramco e uma equipe da ADIA, de Abu Dhabi, o terceiro maior fundo soberano do mundo, foi marcada para outubro, disse uma das fontes à Reuters.

Uma segunda fonte confirmou a abordagem da ADIA, enquanto duas outras fontes disseram que a GIC havia sido abordada.

Todas as fontes que falaram com a Reuters pediram para ficar anônimas, pois não estavam autorizadas a falar com a imprensa.

O investidor estatal de Abu Dhabi, Mubadala Investment Co, que tem 229 bilhões de dólares sob gestão, também foi abordado pelos consultores da Aramco, disseram duas fontes.

Uma das fontes disse que as abordagens ainda estão em um estágio inicial e que alguns dos fundos ainda precisam estudar as propostas antes de decidir se irão investir.

Entre os investidores do Golfo, o fundo soberano do Bahrein, Mumtalakat, deve considerar investir no IPO, disse outra fonte.

A ADIA e Mubadala se recusaram a comentar, enquanto Aramco e Mumtalakat não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

As abordagens aos fundos soberanos nos países próximos da Arábia Saudita e às famílias abastadas da Arábia Saudita indicam que os banqueiros pretendem construir uma base de investidores para atingir a avaliação de 2 trilhões de dólares almejada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.