Economia

Exclusivo: O recado de Lula para a Faria Lima segundo o economista da campanha

30 set 2022, 14:25 - atualizado em 30 set 2022, 18:01
Em sua visão, se os mercados querem alguma garantia sobre governo Lula, “olha como foram os governos dele” (Imagem: Divulgação/PT)

A dois dias do primeiro turno das eleições presidenciais, parte do mercado segue preocupado com o que um novo mandato do ex-presidente Lula pode significar para a economia e a responsabilidade fiscal do país.

O temor repousa em gastanças desenfreadas e descontinuação das reformas estruturais, como tributária e administrativa, além da governança em estatais.

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Pesquisa divulgada pela Warren, que ouviu 113 agentes do mercado, revela que 58% dos entrevistados responderam que o melhor cenário é a vitória de Jair Bolsonaro.

Mesmo com acenos de Lula para o Centro, como a escolha de Geraldo Alckmin como seu vice e o apoio de Henrique Meirelles, ainda pesa o fato do nome do futuro ministro da Economia seguir indefinido.

Mas para Guilherme Mello, economista e um dos principais assessores econômicos da campanha do ex-presidente, em entrevista ao Money Times, essas preocupações não fazem sentido. Ele também negou que Lula tenha um “fetiche” por reestatizar a Eletrobras (ELET6)clique aqui para ler este trecho da conversa.

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Lembranças do passado

Nesse caso, o que eu posso falar é que eles (agentes dos mercados que veem o governo Lula com preocupações) lembrem o que aconteceu no governo Lula. Se a preocupação é fiscal, a dívida caiu quase pela metade. Se a preocupação é externa, olha o que aconteceu com a dívida externa. Pagamos a dívida e acumulamos mais de US$ 300 bilhões em reservas internacionais. Se a preocupação é com crescimento econômico, olha a expansão da economia”, coloca.

Ele recorda que apesar do boom das commodities provocada pela disparada da economia chinesa em meados de 2005, que cresceu mais de 10% ao ano no período, o governo do ex-presidente também enfrentou” a maior crise da história do capitalismo”, se referindo a crise econômico-financeira de 2008.

Usamos de maneira inteligente os instrumentos que tinham à disposição. Olha a rentabilidade das empresas, o crescimento da bolsa de valores, o rigor de como se seguia as metas de inflação todos os anos. Essas desconfianças seriam naturais para um candidato desconhecido”, destaca.

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Em sua visão, se os mercados querem alguma garantia sobre governo Lula, “olha como foram os governos dele”.

“Pega qualquer indicador macro e de rentabilidade. Ele teve muita responsabilidade fiscal e conseguiu conciliar distribuição de renda, crescimento econômico e estabilidade macro”, completa.

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