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Exclusivo: Como esta assessoria de investimentos do interior viu sua eficiência aumentar em 80% com uso de inteligência artificial

15 maio 2025, 7:30 - atualizado em 15 maio 2025, 9:04
Felipe Chad, sócio-fundador da 3P Capital, fala sobre o uso de inteligência artificial (IA) nos negócios (1)
Felipe Chad, sócio-fundador da 3P Capital, fala sobre o uso de inteligência artificial (IA) nos negócios. (Imagem: divulgação)

Muito se fala sobre Inteligência Artificial (IA) e como ela pode mudar os negócios no futuro. Mas a 3P Capital, escritório de investimentos focado no interior do Brasil, já colocou essa tecnologia em prática nas suas próprias operações — e viu um ganho de eficiência de análise de investimentos da ordem de 80% com isso. 

De acordo com informações exclusivas adquiridas pela equipe do Crypto Times, o escritório desenvolveu uma metodologia própria para utilizar a IA generativa nos negócios. 

O assessor de investimentos realiza uma primeira entrevista para coletar dados sobre a realidade do cliente e seus objetivos, como perfil, montante a ser investido, e por aí vai.

Em seguida, essas informações alimentam a ferramenta que usa a IA e faz uma primeira análise, permitindo ao assessor ter uma visão mais ampla e completa de possíveis produtos e estratégias de investimento, de acordo com o perfil de cada usuário. 

“Se antes o assessor tinha que analisar manualmente as informações e pensar nas soluções, agora ele conta com a ajuda da IA, tanto para analisar os dados, como fazer projeções e identificar as melhores opções. Ele sai de um papel muito operacional, para ser mais estratégico”, explica Felipe Chad, sócio-fundador da 3P.

“A IA está nos ajudando a encontrar muito mais possibilidades e trazer um ganho de eficiência. Por exemplo, nosso assessor agora consegue trabalhar o perfil de investidor de oito clientes no dia, ao invés de dois, como era antes”.

O histórico dos negócios da 3P

O escritório de investimentos foi fundada em março de 2020 por Felipe Chad, Marcelo Farah e Vitor Pampado. Já em 2021, anunciou uma fusão com a Iris Investimentos, escritório especializado em atendimento a clientes private, gestão patrimonial de grandes fortunas e operações offshore.

Além disso, ao invés de estar espremida entre os gigantescos prédios e opulentos escritórios da Faria Lima, a 3P Capital voltou seus olhos para o interior de São Paulo, com sua sede em Bauru.

Mesmo assim, o escritório tem parceiros que estão no centro financeiro da cidade, sendo um escritório de assessoria de investimentos contratado pelo BTG Pactual, oferece soluções da plataforma e produtos do banco. 

Assim, voltando suas forças para os rincões do país, a 3P também projeta criar novos negócios focados em empresas, como já fez em junho de 2024, quando auxiliou na compra da Witzler pela Ultragaz, subsidiária da Ultrapar (UGPA3).

“Nós temos como objetivo estar no presente e no futuro financeiro dessas pessoas, e esperamos alcançar R$ 2 bilhões em investimentos sob custódia para este ano”, comenta Chad. 

O mercado de inteligência artificial hoje, em números

De acordo com um levantamento feito pela Ernst & Young (EY), o uso de IA no setor de fusões e aquisições também tem ganhado destaque, com a consultoria apontando que 75% das empresas que adotaram IA em M&A viram resultados mais satisfatórios em termos de retorno sobre investimento.

Do mesmo modo, o uso de IA também torna o mercado financeiro mais acessível para quem vive fora dos centros urbanos. Segundo o último Censo de 2022, 64,5% da população vive fora das capitais, o que dificulta o acesso a serviços financeiros.

Além disso, a IA no setor financeiro tem se mostrado revolucionária, com estudos apontando que ela pode gerar até US$ 1 trilhão em valor adicional até 2030, diz a consultoria McKinsey.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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