Exclusivo: Brasileiros usam limite de crédito para pagar contas de água e luz, diz estudo
Segundo uma pesquisa realizada pelo aplicativo Jeitto, que concede limite de crédito para pagamentos de contas, a maioria dos brasileiros que solicitam o benefício utiliza o crédito para pagar contas de luz, água e telefone (35%).
O estudo, enviado com exclusividade ao Money Times, mostra que a maioria dos pedidos de crédito está concentrada na região Sudeste, com 55%. No Nordeste, são 25%, enquanto Sul e Centro-Oeste têm, cada um, 14%, e o Norte 11%.
O levantamento ainda indica que 55% dos 800 clientes cadastrados têm renda fixa mensal entre R$ 1.300 e R$ 2.300.
Apesar disso, 74% precisam usar o crédito Jeitto todo mês, já que 46% contam com o aplicativo para pagar contas e completar a renda. 73% dos clientes cadastrados já possuem outro cartão de crédito e o utilizam com frequência.
Educação financeira
Em relação à educação, 41% dos entrevistados afirmam ter o ensino fundamental completo, enquanto apenas 12% completaram o ensino superior. As pessoas têm idade entre 25 e 44 anos.
“Percebemos que a grande concentração de pessoas que necessitam de crédito para conseguir manter as contas em dia está entre o início da vida adulta e busca estabilidade. Isso deixa claro o quanto a educação financeira é necessária”, afirma Carlos Barros, fundador do Jeitto.
Mesmo com o pedido de crédito, a fintech descobriu que educação financeira é um tema que faz parte da rotina dos entrevistados, sendo que 46% responderam que fazem planejamento mensal de gastos. Mesmo com a renda reduzida, 33% afirmaram guardar dinheiro todo mês.
“Para conseguir manter as contas em dia, tem sido necessário fazer mudanças na rotina para economizar ao máximo, mas em alguns casos recorrer ao crédito é a solução”, ressalta Barros.
O fundador do Jeitto destaca, no entanto, que é preciso se informar a respeito do momento adequado para recorrer ao crédito. Segundo Barros, é preciso levar em consideração questões como taxas de juros, encargos e prazo de quitação.
“Caso contrário, ao invés de ser uma solução, a tomada de crédito pode se tornar um problema”, conclui.