Política

Ex-secretária de Orçamento Esther Dweck ganha força para comandar Ministério do Planejamento

12 dez 2022, 17:03 - atualizado em 12 dez 2022, 17:03
A escolha do nome ainda atenderia a demanda para que o novo governo amplie o número de mulheres em cargos no primeiro escalão de Brasília (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O nome da economista Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal, ganhou força nos últimos dias para comandar o Ministério do Planejamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a partir de janeiro, segundo quatro fontes com conhecimento das negociações.

Lula anunciou, na sexta-feira, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda, ressaltando que ele seria “bastante afinado” com o nome a ser escolhido para o Ministério do Planejamento.

Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dweck foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff e é considerada de linha mais heterodoxa. Anteriormente, havia atuado como chefe da assessoria econômica da pasta.

Na equipe de transição de governo, ela faz parte da coordenação do grupo técnico de Planejamento, Orçamento e Gestão.

A escolha do nome ainda atenderia a demanda para que o novo governo amplie o número de mulheres em cargos no primeiro escalão de Brasília.

De acordo com uma das fontes, o nome de Dweck teria o apoio do PT, dentro do qual ela é vista como uma especialista com conhecimento da máquina pública.

Uma segunda fonte, que acompanha as negociações para a formação da equipe econômica, confirmou que Esther ganhou força, destacando que o nome “circulou bem” nas conversas do governo eleito desde o fim de semana.

Procurada pela Reuters, Esther Dweck não respondeu de imediato.

Essa mesma fonte ressaltou que nomes anteriormente cotados para a função enfraqueceram no páreo, citando os economistas Pérsio Arida, André Lara Resende e Bernard Appy.

Outra candidata mulher que também está no páreo, segundo uma das fontes, é a secretária de Fazenda de Goiás, Cristiane Schmidt, que conta com a simpatia do vice-presidente Geraldo Alckmin e aliados, mas que não tem trânsito junto ao PT.

Outras duas fontes ponderaram que o nome de Dweck circulou nas conversas do governo eleito, mas ressaltaram que uma decisão não foi tomada e que, na avaliação desses interlocutores, a economista não deve ser a escolhida.

No início da noite de terça-feira, Haddad deve conceder uma entrevista à imprensa sobre sua nova função. Ainda não há previsão sobre eventual apresentação de nomes para sua equipe, assim como não está definido o momento do anúncio por Lula para a pasta do Planejamento.