Bancos

Credit Suisse: Ex-executivos avaliam briga legal sobre bônus

22 jan 2023, 8:00 - atualizado em 20 jan 2023, 15:18
Credit Suisse
Especialmente quando o Credit Suisse luta para se recuperar do que o próprio presidente do banco (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo)

Um ano atrás, o Credit Suisse pagou cerca de US$ 870 milhões de bônus em dinheiro a seus executivos, com a ressalva de que eles teriam que permanecer por três anos ou devolver parte do montante.

Essa segunda parte do acordo pode ser mais complicada do que a liderança do banco esperava.

Alguns ex-funcionários na Europa e na Ásia preparam desafios legais contra a devolução, segundo pessoas familiarizadas com a situação que falaram sob condição de anonimato.

Eles argumentam que tiveram pouco tempo para concordar com os termos e que uma recompensa por desempenho passado não deveria estar sujeita à permanência no banco — especialmente quando o Credit Suisse luta para se recuperar do que o próprio presidente do banco, Axel Lehmann, chamou de um ano “horrível”.

Alguns outros que estavam insatisfeitos com os termos do bônus optaram pelo caminho mais simples: abandonaram o barco e negociaram com que seus novos empregadores para que cobrissem as despesas da devolução, segundo as pessoas.

O credor suíço disse esta semana que, pelo segundo ano consecutivo, oferecerá bônus em dinheiro imediatamente a alguns funcionários em troca do compromisso de permanecer.

O banco tenta reter talentos ao mesmo tempo em que corta custos após um ano marcado por escândalos e prejuízos trimestrais que chegaram a bilhões de dólares.

Crise no Credit Suisse
O credor suíço disse esta semana que, pelo segundo ano consecutivo, oferecerá bônus em dinheiro imediatamente a alguns funcionários em troca do compromisso de permanecer (Imagem: Shutterstock/Freepik | Montagem: Maria Eduarda Nogueira)

Um porta-voz do Credit Suisse não quis comentar.

Embora o histórico de disputas judiciais sobre termos de bônus assinados em contrato indique uma batalha difícil para os ex-executivos, uma série de brigas legais seria mais uma dor de cabeça para um banco que tenta realizar uma reestruturação complexa e cara.

Para os funcionários que permaneceram no Credit Suisse, os prêmios permitiram que recebessem dinheiro imediatamente, em vez de esperar anos.

Um executivo que avalia uma ação legal disse que o banco pressionou os funcionários a escolherem se assinariam o contrato em questão de dias, ou correriam o risco de perder o bônus pelo desempenho em 2021.

Outro problema citado por alguns dos executivos é o desafio de recuperar os impostos que pagaram sobre os bônus em dinheiro originais antes de uma devolução.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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