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Ex-chefe de segurança do Twitter diz que empresa enganou reguladores em contas de bots

23 ago 2022, 14:58 - atualizado em 23 ago 2022, 14:58
Twitter
Em um documento o de 84 páginas, Zatko, famoso hacker mais conhecido como “Mudge”, alegou falsamente que o Twitter teria um plano de segurança sólido (Imagem: Shutterstock/diy13)

O Twitter enganou reguladores dos Estados Unidos sobre suas defesas contra hackers e contas de spam, disse o ex-chefe de segurança da empresa de mídia social Peiter Zatko.

Em um documento o de 84 páginas, Zatko, famoso hacker mais conhecido como “Mudge”, alegou falsamente que o Twitter teria um plano de segurança sólido e disse que alertou colegas que metade dos servidores da empresa estavam desatualizados e os softwares vulneráveis, segundo documentos repassados por investigadores.

O registro enquanto o Twitter está envolvido numa batalha legal com o presidente-executivo da Tesla (TSLA), Elon Musk, que encerrou um acordo para comprar a empresa por 44 bilhões de dólares, alegando que a plataforma violou o contrato de negócio.

A queixa de Zatko foi apresentada no mês passado na Comissão de Valores Mobiliários e no Departamento de Justiça, bem como na Comissão Federal de Comércio (FTC).

A denúncia também foi enviada a comitês do Congresso.

“Estamos revisando as alegações editadas que foram publicadas, mas o que vimos até agora é uma narrativa falsa repleta de inconsistências e imprecisões e apresentada sem contexto importante”, disse o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, aos funcionários em um memorando.

O congressista do Comitê Judiciário do Senado Chuck Grassley disse no Twitter que a queixa levanta sérias preocupações de segurança nacional e privacidade e precisa ser investigada.

A Whistleblower Aid, que representa Zatko, disse que mantém tudo em sua divulgação, confirmando a autenticidade da divulgação publicada no site do Washington Post (Imagem: Shutterstock/Khak)

“Pegue uma plataforma de tecnologia que coleta grandes quantidades de dados do usuários, combine-a com o que parece ser uma infraestrutura de segurança incrivelmente fraca e inspire com atores estatais estrangeiros com uma agenda, e você terá uma receita para o desastre”, disse ele.

A FTC se recusou a comentar. Um porta-voz do Comitê de Inteligência do Senado disse que recebeu a denúncia e está em processo de marcar uma reunião para discutir a alegação.

A denúncia alega que a rede social priorizou o crescimento de usuários em vez de reduzir os spams. Os executivos ganharam bônus individuais de até 10 milhões de dólares vinculados a aumentos nos usuários diários e nada para cortar spam.

A Whistleblower Aid, que representa Zatko, disse que mantém tudo em sua divulgação, confirmando a autenticidade da divulgação publicada no site do Washington Post.

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