Evite ações da Cielo e B3 no momento, avalia UBS
O UBS avalia que o investidor deve evitar o setor financeiro não-bancário no Brasil por conta de peculiaridades específicas, a despeito da recuperação do consumo e na operação de empréstimos, aponta um relatório assinado pela equipe de estratégia liderada por Alan Alanis, Sambuddha Ray e Frederic De Mariz. A análise se concentra nas ações da B3 e da Cielo.
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Para a B3 (B3SA3), explicam os analistas, a maior preocupação se dá pelo valor das ações. Segundo eles, a forte valorização de aproximadamente 70% em 2017 mostra que o mercado já precifica a recuperação macroeconômica do Brasil.
“Mas, sinergias melhores do que o esperado da fusão com a Cetip podem levar a uma revisão positiva de resultados”, destacam. A recomendação é neutra, com um preço-alvo de R$ 22.
Já para Cielo (CIEL3), o banco lembra que a ação é a que tem um dos piores desempenhos do ano, com menor rentabilidade nas transações com cartões e maior concorrência, o que atrapalha a recomendação de investimento nos ativos.
Ainda assim, a empresa apresentou um bom resultado no terceiro trimestre com uma surpresa positiva nas transações com cartões de débito. As receitas com pontos de vendas (POS), contudo, vieram abaixo do esperado (o segmento contribui com 20% das vendas da Cielo), e a rentabilidade caiu novamente em uma tendência que deve continuar.
“No entanto, os principais riscos positivos são de que o crescimento do volume é mais forte (como se observa no 3T17) e mais do que compensa as pressões de rentabilidade de menor rentabilidade e concorrência, para a revisão para cima dos lucros”, diz o UBS. Este, contudo, não é o cenário-base do banco. A recomendação de venda foi reiterada, com um preço-alvo de R$ 21.