Evento “Satsconf” em SP traz insights sobre o futuro do Bitcoin (BTC)
Aconteceu nesta terça-feira (8) o “Satsconf”, evento focado apenas em Bitcoin (BTC). Durante o dia foram discutidos diversos impasses e previsões feitas acerca da maior criptomoeda do mercado.
O evento foi focado para os chamados “maximalistas” ou ainda “evangelistas de Bitcoin”, que acreditam que a força do bitcoin como única criptomoeda prevalece em meio ao mercado cripto como um todo.
Estiveram palestrando nomes como Safiri Felix, da PicPay; Alexandre Vasarhelyi, da BLP Crypto, Korea com K; Kaká Furlan e Carol Souza da Área Bitcoin e como convidado especial Jimmy Song diretamente de Austin, Texas.
O nome do evento deriva das palavras “Satoshi”, menor unidade de medida do Bitcoin e pseudônimo do criador da criptomoeda, e “Conference”, conferência em inglês.
O evento foi a primeira edição, foi patrocinada pela Bipa, empresa facilitadora de pagamento com bitcoin. O Crypto Times esteve presente.
Privacidade, pagamento e adoção
No painel sobre privacidade, Korea com K, pseudônimo usado por um entusiasta que não se identifica pelo nome, e Lucas Ontivero, desenvolvedor, foi discutido sobre as maneiras de permanecer anônimo também On-Chain, na rede do bitcoin.
Os insights trouxeram ideias sobre a evolução do modelo de assinatura na rede, e como poderia ser feito de maneira mais privada.
A mais falada, multi-assinatura (“multisign”), foi colocada em pauta, onde as chaves privadas dos pagadores são embaralhadas de modo a formar uma única assinatura no bloco.
ETF spot de Bitcoin (BTC) nos Estados Unidos será um grande gatilho
O painel, mediado por Marcel Pechman, trouxe Guilherme Rebane, da Bolsa OSL, Safiri Felix da Transfero e Alexandre Vasarhelyi da BLP Crypto.
A discussão girou em torno de entender em que ponto da economia macro o Bitcoin está inserido, e quais serão os próximos gatilhos.
Para Vasarhelyi, o grande gatilho é a confirmação de um fundo de índice de Bitcoin à mercado, ou spot, nos Estados Unidos: “É onde os grandes entrariam no jogo”, diz.
Marcel explica que o fundo de índice em Bitcoin nos Estados Unidos é atualmente composto por derivativos de criptomoedas. “[Derivativos de bitcoin] é algo que pra mim, não existe aliás”, comenta Vasarhelyi.
No Brasil o esquema é diferente. Os fundos negociados em bolsa, como os da QR Asset, possuem Bitcoin (BTC) à mercado, e permite os players a se exporem no preço do ativo de maneira mais direta.
Conforme explica o gestor, nos Estados Unidos, para um grande player se expor no mercado cripto é necessário que um terceiro faça a custódia, devido às normas atuais de entidades reguladoras. Ele comenta que nem saberiam como, e muito menos poderiam, por não tratar-se de um ativo financeiro.
“É aí que entra a importância dos ETFs [fundo de índice]. Acredito que a aprovação de um ETF spot no país será o trigger do mercado”, diz.
El Salvador deu certo?
O assunto também virou em torno do fato de El Salvador ter adotado o Bitcoin em setembro do ano passado. Safiri Felix comentou melhor sobre o assunto, após ter dito visitar o país em ocasião recente.
Em sua visão, a população está aceitando menos do que o governo, uma vez que a experiência do usuário em comprar com a criptomoeda falha em ser excelente.
“Além do que a internet falha bastante em diversos lugares, algo que piora ainda mais na experiência”, diz. “O receio é que isso seja mais um projeto pessoal do presidente do que do Estado”.
Vasarhelyi diz acreditar que El Salvador adotou o Bitcoin por necessidade, e não por vontade. Para o gestor, foi um passo importante, mas não será o país que vai mostrar ao mundo que a economia com a moeda é possível.
“O Brasil, por outro lado, tem uma estrutura muito melhor”, diz.
A visão dos palestrantes do painel parecia convergir para a ideia de que El Salvador enxergou no Bitcoin sua última opção. Um paralelo feito foi acerca da potência econômica que é os Estado Unidos.
O país pode emitir 3 bilhões de dólares e ainda sim lidar com a inflação posteriormente, conforme discutem.
Educar sobre Bitcoin (BTC) é preciso
Kaká Furlan da Área Bitcoin falou no painel “Os Aprendizados e os desafios na Evangelização/Educação do Bitcoin” junto com Seiiti Arata e Diego Kolling. O painel foi mediado por Madú Lobato e tratou sobre educação sobre Bitcoin.
Entre os desafios e barreiras comentados, a educação com clareza sobre o assunto, sem deixar o “aprendiz de bitcoin” cair em golpes ou “scamms” foi a mais ressaltada.
Ainda houveram outras palestras sobre mineração com Raymond Nasser e Rudá Pellini da mineradora Artur Mining com Felipe Zulinno, mediado por Leta.
Além das palestras, um espaço de food trucks onde o Bitcoin era aceito como forma de pagamento, através da tecnologia da empresa patrocinadora Bipo.
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