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Eve, da Embraer (EMBR3), lança protótipo de táxi voador

21 jul 2024, 13:41 - atualizado em 21 jul 2024, 13:41
Protótipo em escala real do “táxi voador” desenvolvido pela fabricante de aeronaves elétricas Eve, do grupo Embraer, em evento em Gavião Peixoto (SP) 03/07/2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Protótipo em escala real do “táxi voador” desenvolvido pela fabricante de aeronaves elétricas Eve, do grupo Embraer, em evento em Gavião Peixoto (SP) 03/07/2024 REUTERS/Amanda Perobelli

A fabricante de aeronaves elétricas Eve apresentou pela primeira vez o protótipo em escala real de seu “táxi voador”, alcançando um marco, já que a empresa pretende que o modelo obtenha certificação e entre em serviço em 2026.

A Eve, controlada da Embraer (EMBR3), lançou o protótipo da aeronave elétrica de decolagem e pouso verticais (eVTOL) em evento com investidores e clientes na instalação industrial da fabricante brasileira de aviões em Gavião Peixoto (SP), em 3 de julho.

A empresa faz parte de um grupo de startups em todo o mundo que desenvolvem aeronaves movidas a baterias que podem decolar e pousar verticalmente e são voltadas para viagens curtas de passageiros em cidades.

A Eve espera voar o protótipo até o final deste ano ou início de 2025, disse o presidente-executivo da companhia, Johann Bordais, à Reuters no evento, após a empresa iniciar os testes de solo em julho.

O primeiro modelo é equipado com motores elétricos, mas não possui cabine nem piloto. A aeronave final terá capacidade para quatro passageiros e um piloto.

“Esse protótipo é totalmente remoto para testar a aerodinâmica… Fazer o voo vertical e depois o voo que a gente chama de transição, de vertical transicionar para o voo horizontal”, disse Bordais.

O executivo disse que ter o protótipo em escala real pronto para testes é mais um passo para a certificação da aeronave, que a Eve espera alcançar até 2026. A Eve solicitou a certificação em 2022 à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A Eve terá cinco protótipos prontos no próximo ano e um eVTOL pré-série até 2026 como parte do processo de certificação, disse Bordais.

“Desafios existem, não é trivial. Nós estamos no limite da tecnologia do que se faz no mundo aeronáutico…Esse momento agora de fazer os testes é primordial para nós.”

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Novo investimento

A Eve estreou na Bolsa de Valores de Nova York em 2022, arrecadando quase 400 milhões de dólares para o desenvolvimento de seu eVTOL, um projeto inicialmente previsto para custar 540 milhões de dólares. Posteriormente, a empresa garantiu um empréstimo de 92 milhões de dólares do BNDES.

Os investidores incluem companhias aéreas, fornecedores de componentes e sistemas e instituições financeiras. Entre os investidores da Eve estão United Airlines , BAE Systems , Tales , Rolls Royce , Acciona e Bradesco BBI.

Este mês, a empresa anunciou uma nova rodada de captação de recursos totalizando 94 milhões de dólares, com investimentos da Embraer e da japonesa Nidec. , um de seus principais fornecedores.

“Ele (o novo investimento) dá para nós esse conforto que a gente vai poder continuar a desenvolver esse produto até 2027”, disse Bordais. O executivo afirmou que os recursos disponíveis para a companhia atendem às necessidades de caixa da Eve durante o processo de certificação. “A gente tinha caixa para 2025 e agora vai empurrar para 2027.”

A Eve acumulou quase 3 mil encomendas potenciais antes da produção da primeira aeronave final. Os clientes interessados ​​incluem a  companhia aérea norte-americana United, a empresa charter Global Crossing e a locadora de aeronaves Azorra.

“A gente não precisa converter agora (as cartas de intenção em pedidos firmes)”, disse Bordais se referindo à situação da empresa após a nova rodada de investimentos.

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