Evans, do Fed, vê longo período de política monetária estimulativa
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, enviou nesta segunda-feira uma mensagem aos mercados: as vacinas podem controlar a pandemia do coronavírus neste ano, mas o banco central dos Estados Unidos não está nem perto de encerrar sua política monetária superestimulativa.
“Para cumprir nossos objetivos e gerenciar riscos, a postura de política monetária do Fed terá que ser acomodatícia por um bom tempo”, disse Evans em comentários preparados a serem feitos em reunião anual da Allied Social Science Associations, realizada virtualmente por causa da crise de saúde em curso.
“Os agentes econômicos devem estar preparados para um período de taxas de juros muito baixas e uma expansão de nosso balanço patrimonial enquanto trabalhamos para cumprir nossos dois objetivos de mandato.”
As duas metas do Fed, estabelecidas pelo Congresso, são pleno emprego e estabilidade de preços. A economia dos EUA está longe de ambos, com desemprego em 6,7% em novembro e inflação abaixo da meta de 2% há anos.
A visão de Evans de que as compras de ativos pelo Fed continuarão e as taxas de juros permanecerão em seu nível atual próximo a zero até muito depois que a pandemia cessar não é isolada.
O chair do Fed, Jerome Powell, sugeriu repetidamente isso, e as projeções divulgadas em dezembro mostram que a maioria dos formuladores de política monetária do Fed não prevê aumento nas taxas de juros dos EUA até depois de 2023.
O Federal Reserve também prometeu continuar comprando títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas em ritmo mensal de 120 bilhões de dólares até que haja um progresso “substancial” em direção a suas metas.