Política

Evangélicos não podem permitir que pastores mintam nas igrejas, diz Lula

20 out 2022, 14:29 - atualizado em 20 out 2022, 14:29
Lula
De acordo com pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgada na quarta, Lula perdeu 3 pontos entre os evangélicos nesta semana (Imagem: Flickr/ Lula Oficial/Ricardo Stuckert)

O ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta uma série de fake news da campanha do adversário e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), pediu nesta quinta-feira a apoiadores evangélicos que não permitam que pastores falem mentiras dentro das igrejas.

“Quem é evangélico deve frequentar sua igreja e não permitir que o pastor minta, não permitir. Ninguém que é religioso, nem padre nem pastor, pode mentir. O povo não vai à igreja para ouvir mentira, o povo vai à igreja para discutir a sua fé”, disse Lula em discurso a apoiadores em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Alvo de várias fake news sobre religião, como a que diz que se eleito ele fechará igrejas, Lula tem rebatido as notícias falsas seguidamente. Na quarta-feira, ele divulgou uma “Carta Compromisso aos Evangélicos”, em que se compromete a manter a liberdade religiosa como em seus governos anteriores, entre outros pontos.

De acordo com pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgada na quarta, Lula perdeu 3 pontos entre os evangélicos nesta semana e a liderança de Bolsonaro no segmento se alargou, passando para 66% contra 28% de Lula, em comparação com 65% a 31% na semana passada. Entre os católicos, Lula oscilou 1 ponto para cima e o placar foi a 58% contra 37%, ante 57% a 37%.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira ampliar os próprios poderes para combater a disseminação de notícias falsas em plataformas e redes sociais na reta final do segundo turno da eleição, incluindo medidas para acelerar a retirada de fake news.

A corte também confirmou nesta quinta a abertura de um processo de investigação sobre uma rede de fake news para atacar Lula tendo como alvos Bolsonaro e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente, entre outros.

Na véspera, a corte eleitoral concedeu direito de resposta à campanha de Lula no programa eleitoral de Bolsonaro em duas situações, conferindo ao petista uma boa parcela de tempo para rebater acusações do adversário consideradas infundadas.

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